Foto Luiz Alberto Brinhosa ELAS JÁ CHEGARAM! "Óia o Arantinho com a primeira Taínha do Pântano do Sul em 2016. Presente do Pescador Célio!" (Do Alan Arante Monteiro) |
sábado, 30 de abril de 2016
PRIMEIRA TAINHA DESTA SAFRA!
PRIMEIRO LANÇO DA SAFRA!
ÚÚÚÚÚ!!!!!
As primeiras tainhas de 2016 já chegaram na praia!
250 cercadas e arrastadas em uma praia do Sul do Estado!
A pesca será liberada somente no domingo!
Esse ano vai dar peixe!
Essa é a torcida!
HOJE A ABERTURA "OFICIAL"
CORRIDA DE CANOA ABRE SAFRA DA TAINHA
Será nesta sexta-feira (30), na Beira-Mar Norte.
O evento é organizado pela Secretaria de Pesca, Maricultura e Agricultura e conta com a parceria da Marinha. A disputa será entre canoas de quatro remos com, no máximo, cinco membros cada, e a expectativa é atrair pelo menos uma centena participantes das comunidades pesqueiras do município, e outros dois mil espectadores. 🌊🐡🚣
A concentração está marcada para às 09h30, no trapiche da Beira-mar Norte. Ao meio-dia está prevista a cerimônia de premiação e apresentação musical. As três embarcações melhor colocadas receberão troféus 🏆 e medalhas, e, às demais equipes, troféus de participação.
Durante todo o evento, haverá food trucks e outras atrações !
sexta-feira, 29 de abril de 2016
NA GRANDE VIGIA - UMA HOMENAGEM!
Em homenagem ao Odilon, o Didi, que foi na frente pra gelar nossa cerveja lá na grande vigia!
Camarada na lista da canoa "Mariposa", do Pântano do Sul!
quinta-feira, 28 de abril de 2016
DE PARATIS & TAINHOTAS!
Ontem, em Imbituba, Praia do Porto, 20 toneladas de Paratis!
Paratis e Tainhotas sempre chegam antes, avisando que as tainhas estão à caminho!
E que venham!
quarta-feira, 27 de abril de 2016
HOJE, EM CURITIBA!
"Você sabe o que é sátira; sabe o que é política; sabe o que é um naufrágio; sabe o que é um poema. Então está preparado para ler "MAR ABISSAL, Poemas de Sátira Política num País que Naufraga". O livro faz referência a duas das 100 personalidades mais influentes da revista Time: o juiz e o padre. No caso, é um juiz herói, e o padre é o Papa, mas ele faz só uma pontinha, pois a política é a brasileira e, sempre disseram, Deus nasceu aqui. Há muitos outros personagens, menos importantes pra todo mundo, como presidenta, vice dela, ex presidente, deputados, ministros, delatores, delatados, uma fileira de figurantes. A autora é a Marilena de Curitiba, que sou eu mesma, resolvi me dar um codinome, já faz tempo, desde que percebi que nossos barcos são como rolhas em turbilhão. MAR ABISSAL tem lançamento marcado para amanhã, dia 27, quarta feira, no Memorial de Curitiba, Largo da Ordem, a partir das 18 horas. São 80 páginas por R$ 32,00. A gente se vê lá, entre livros, vinhos e amigos.
"A tragédia e a sátira são irmãs e estão sempre de acordo; consideradas ao mesmo tempo recebem o nome de verdade".
- Fiodor Dostoievski"
MEMÓRIA DE CANASVIEIRAS
RANCHOS E A PESCA DE ARRASTÃO
por José Luiz Sardá
Fico a imaginar nas primeiras décadas do século passado, tempo frio de inverno, época da tainha, em que os pescadores de Canasvieiras e das freguesias de Ratones, Vargem Pequena, Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande e Cachoeira do Bom Jesus e comunidades circunvizinhas, deixavam os afazeres da lida doméstica e da lavoura a cargo das mulheres, e seguiam em direção aos diversos ranchos de pesca distribuídos ao longo orla. Para chegar até a praia, passavam pelos verdejantes e frutíferos campos de araçás e cajus, entre caminhos, trilhas, picadas e cômoros de areia.
A pesca artesanal representou grande importância na cultura local, dentre outros motivos por permitir ao açoriano que aqui chegou a atividade de subsistência. O trabalho da pesca era intercalado com da lavoura. Entre os meses de maio a julho, época da tainha, o homem deixava a roça e o engenho de farinha aos cuidados da mulher e dos filhos para sair ao mar. Meados do século XX a pesca vai se tornar trabalho remunerado, tornando-se a agricultura atividade subsidiária aos cuidados das mulheres e os filhos dos pescadores.
Na Ilha de Santa Catarina a partir de meados do século XIX, as principais freguesias que se dedicavam à atividade pesqueira eram Ponta das Canas, Barra da Lagoa, Canasvieiras e Campeche. Meados do século XX a pesca vai se tornar trabalho remunerado, tornando-se a agricultura atividade subsidiária aos cuidados das mulheres e os filhos dos pescadores.
A pesca artesanal começou a perder importância entre 1940 e 1950, quando muitos homens iam anualmente trabalhar nas parelhas de pesca em Rio Grande, São José do Norte e Cassino na safra da tainha e da corvina. Em Canasvieiras foi possível sentir estas mudanças. Naquela época a fartura era tanta que ninguém voltava para casa de mãos vazias. Os donos das redes sempre davam tainhas para os amigos e parentes.
Na praia de Canasvieiras, vinham pescadores das freguesias de Ratones, Vargem Pequena, Vargem do Bom Jesus, Vargem Grande e Cachoeira do Bom Jesus. Os pescadores donos dos ranchos e das redes de arrastão eram de famílias tradicionais: Seo Vida, Nicanor dos Santos, Manoel Sardá, Joaquim da Ilhota, Zilico, Joca Rufino, João Firme, Timóteo Siqueira, Deca do Belo, Dezinho Pacheco, Leôncio e Manoel Schroeder.
Atualmente restam apenas três ranchos de pesca. Um pertence a Associação de Pescadores de Canasvieiras, entidade fundada em abril de 2005, cujo objetivo é preservar a tradição e a cultura da pesca artesanal. Os demais são de nativos, que serve para a guarda dos apetrechos de pesca e esporádicas incursões ao mar. Ainda hoje é possível assistir lanços de arrastão, principalmente na época da pesca da tainha.
DEU VIRAÇÃO!
Fortes rajadas de vento sul. Frio intenso com neve e geada ampla
Na quarta-feira (27/04), fortes rajadas de vento sul, entre 60 e 80 km/h, na madrugada e manhã. Chance de neve nas áreas altas do Planalto Sul entre a madrugada e manhã.
Na quinta e sexta-feira (28 e 29/04), geada ampla do Oeste ao Planalto, e de forma mais isolada nas regiões do Vale do Itajaí e Litoral, com temperaturas mínimas próximas de 0°C e negativas nas áreas mais altas.
Os ventos fortes estão associados à intensificação de um ciclone na costa, acompanhado de uma massa de ar de origem polar.
(Laura Rodrigues e Gilsânia Cruz - Meteorologistas do https://www.facebook.com/EpagriCiram)
terça-feira, 26 de abril de 2016
TAINHANDO
"Aqui no Balneário Rincão já ta dando tainha de 3Kg pra cima. As lindona do mar tao chegando"
Comentário anônimo postado ontem no blog!
segunda-feira, 25 de abril de 2016
ISPIA, ISPIA!
domingo, 24 de abril de 2016
sábado, 23 de abril de 2016
NAS ONDAS...
O Resolution, de Cook, encontra as fantásticas canoas havaianas (ilustração:americangalley)
A Surpreendente história do surf
O surf é um dos mais antigos esportes praticados pelo homem. Seu início, apesar de um tanto perdido no tempo, acredita-se que aconteceu entre 2.000, e 3.000 mil anos atrás. A maioria das pessoas relaciona o surf aos polinésios. É justo. Foi deste povo navegador, que colonizou a maior parte das ilhas do Pacífico, que surgiu a primeira referência ao esporte. Aconteceu depois da famosa viagem do navegador inglês James Cookque, ao chegar ao Hawai, em 1778 , foi o primeiro europeu a registra-lo e divulga-lo. Nascia, para o ocidente, a prática do surf. Mas há quem discorde de sua filiação…
A história relata: quem levou o surf ao Havaí teria sido o rei polinésio Tahito, a partir daí a pratica se dissemina no arquipélago até ser vista pelo primeiro ocidental, o Capitão James Cook.
Surf: polinésio, ou peruano?
Alguns especialistas dizem que o esporte nasceu entre pescadores da polinésia ocidental, ao descobriram que cavalgar uma onda era a forma mais rápida, e fácil, de voltar à terra firme. Não se sabe exatamente quando esta atividade se tornou um esporte. Mas sabe-se que já no século 15, reis e rainhas das ilhas Sandwich eram os melhores praticantes da época.
Praticantes das ilhas Sandwich (ilustração:the-deepwaterbreaks.wordpress-com)
A polêmica começa aqui. Outros estudiosos afirmam que o surf nasceu no litoral do Peru, muito antes de ser praticado pelos polinésios. No país sul- americano os antigos habitantes surfavam numa espécie de canoa, ou prancha feita de junco, de nome Caballito de Totora. Este tipo de “barco” é um dos mais antigos que se tem notícia no mundo, estima-se sua idade entre 2.000, e 3.000 mil anos. Originalmente concebidos para levar um pescador e sua tralha, os Caballitos de Totora estão em atividade até hoje entre pescadores marinhos, no Peru; e lacustres, na Bolívia.
Caballito de Totora (fonte:robotica-educativa8-webnode-es)
Registros não deixam dúvida a respeito da antiguidade dos Caballitos de Totora e os pescadores peruanos.
Cerâmica chimiú, 1.100- 1.400 d.C, pescador em Caballito de Totora
O surf com Caballitos de Totora hoje
Surf: polinésio, ou peruano? (foto:surfersvillage-com)
Difícil saber quem está com a razão sobre o início da prática do surf, se polinésios, ou peruanos. A história destas duas civilizações se cruzam. O fato é que até hoje, em algumas praias peruanas como Huanchaco (Trujillo), estas antiquíssimas embarcações são usadas para pegar ondas. Coincidência, ou tradição histórica?
Huanchaco, Trujillo. (foto: holeinthedonut-com)
Breve histórico da colonização das ilhas do Pacífico
A história é fascinante e ainda repleta de lacunas. Ainda há muito o que descobrir a respeito dos povos antigos, e não são poucas as polêmicas entre historiadores. A saga de peruanos e polinésios já foi motivo de grandes desavenças. Elas surgiram quando o explorador e geógrafo norueguês, Thor Heyerdahl, desenvolveu a ideia de que as ilhas do Pacífico poderiam ter sido colonizadas a partir da América do Sul. Cientistas da época consideravam a tese absurda, especialmente porque não havia evidências que os sul- americanos pré-colombianos teriam a capacidade de construir barcos para cruzar o Pacífico.
Kon- Tiki (foto:asteroide.leonel.blogspot.com)
Para provar sua tese, Thor construiu uma embarcação de pau-de-balsa, no Peru, da mesma forma que eram construídas milhares de anos atrás, sem qualquer ajuda da tecnologia; batizou-a Kon- Tiki e com ela, em 1947, partiu do Peru até atingir as ilhas da Polinésia. Em seguida publicou um clássico, um delicioso best seller com mais de 25 milhões de exemplares vendidos, A Expedição Kon- Tiki, onde expõe sua tese.
A despeito do sucesso da viagem, foram percorridos 8.000 mil quilômetros em 101 dias de viagem, do porto de Callao para o atol de Raroia, no Arquipélago das ilhas Tuamotu, a tese de Thor foi combatida desde o início.
O mapa da viagem da Kon- Tiki (ilustração: tokdehistoria.com)
A colonização das ilhas do Pacífico
Hoje é consenso entre especialistas que as ilhas do Pacífico foram colonizadas por um povo antigo, os Lapitas, originários do mar do sul da China. Há provas de que foram estes ‘ancestrais dos polinésios’ que se fizeram ao mar, 3.000 mil anos atrás e, aos poucos, com sua extraordinária habilidade náutica, colonizaram as ilhas do Pacífico. Esta incrível epopéia é contada em inúmeros livros e trabalhos científicos. O site Mar Sem Fim recomenda o livro do navegador- escritor David Lewis, We, the Navigators- The Ancient Art of Landfinding in the Pacific.
Gravura de abertura de James King, tripulante da expedição de James Cook, considerada o primeiro registro do surf.
(Do http://marsemfim.com.br/surpreendente-historia-do-surf/)
sexta-feira, 22 de abril de 2016
A TAINHA É UMA FESTA!
Abertura oficial da pesca da tainha
01 de maio de 2016, no Campeche!
Sábado: Terço luminoso e lanche.
Domingo: Café da manhã, Procissão com desfile das canoas, Santa missa, Formatura dos novos remeiros do campeche, Entrega de rosa as mães,
Cabo de guerra,
Corrida das canoas ma estiva e Boi de mamão, Venham participar com a gente.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
ILHA SOCIALISTA!
MEMÓRIA DE CANASVIEIRAS
TERRAS COMUNAIS
por José Luiz Sardá
"Todas as freguesias e arraiais da Ilha de Santa Catarina tinham Áreas Comunais, isto é, terras que eram de uso comum, onde duas ou mais comunidades utilizavam a mesma área. A utilização destas terras era feita entre pequenos lavradores e produtores açorianos e foi de grande importância na produção açoriana. Geralmente estas áreas eram em regiões planas, com vegetação de mangues, dunas, restingas e florestas de planícies quaternárias.
As áreas desmatadas e de banhados eram utilizadas como pastagens e fonte de água em grande parte de forma comunal. As de encostas dos morros eram utilizadas para a retirada de lenha, madeira, coleta de frutos e plantas medicinais e roças.
A partir das décadas de 1930 e 1940, devido ao processo de crescimento urbano, valorização imobiliária, econômica e de interesses capitalistas, teve inicio o processo de modificação deste modelo de ocupação. Exemplo, as terras da antiga Colônia Penal Agrícola de Canasvieiras, hoje Sapiens Parque, foi utilizada para este fim até 1986. As áreas comunais também estavam presentes em Jurerê, Ingleses, Barra da Lagoa, Campeche e Pântano do Sul e outras localidades da Ilha de Santa Catarina.
Efetivamente nos anos 1970, com a implantação da atividade turística na região, ocorreram significativas mudanças sociais, política, cultural e de infra-estrutura. Estas terras passaram com o tempo a apresentar interesse econômico, principalmente a partir do processo de crescimento urbano e valorização imobiliária. Nas terras de Canasvieiras, a apropriação destas áreas na sua maioria se deu por parte do Estado.
Em alguns casos, estas privatizações influenciaram diretamente no empobrecimento dos pequenos agricultores que se utilizavam destas terras para uso agrícola. Muitas terras foram privatizadas sem muita clareza. Muitos ocupantes ou intrusos conseguiram o usufruto através de permissão de autoridades locais em detrimento de outros moradores, outros simplesmente ocuparam com ou sem permissão. Esse usufruto era dado àqueles que o uso de área comunal era necessário à sobrevivência e acabava se convertendo e apropriação."
quarta-feira, 20 de abril de 2016
OS PARATIS ESTÃO CHEGANDO...
Fotos Fernando Alexandre |
Os Paratis, que chegam antes avisando que as tainhas estão a caminho, já estão chegando na ilha!
Em diversas praias, os cercos estão sendo feitos! Ontem, final da tarde, Capitão Ademir, que comanda esse tipo de pesca no Pântano do Sul, arrastou mais de mil, com a ajuda da camaradagem!
Vejam só a cara de felicidade do Capitão!
CRÔNICAS DA XÁVEGA
sei que antes de entrarem
no barco olham o mar
sei que se benzem
sei que têm fé
sei que precisam de
ir ao mar
para ganhar a vida
porque gostam
porque é um desafio
porque são HOMENS
(praia de mira; companha do zé monteiro; 2010)
(Do ahcravo gorim)