Anúncio foi feito depois que embarcação naufragou com 28 pessoas a bordo na Ilha do ArvoredoFoto: Divulgação / Capitania dos Portos
Capitania dos Portos vai intensificar fiscalização de embarcações na Grande Florianópolis durante o verão
Operação que tem início em 15 de dezembro e segue até 28 de fevereiro vai contar com 400 pessoas, quatro embarcações, duas motos aquáticas, um navio de grande porte e sete viaturas terrestres
Gabriele Duarte
Depois do naufrágio de uma embarcação de uma escola de mergulho na Ilha do Arvoredo, em Governador Celso Ramos, no último sábado, a delegacia da Capitania dos Portos em Florianópolis anunciou intensificação na fiscalização no mar durante o verão, principalmente em embarcações de recreio e esporte.
Os trabalhos têm início em 15 de dezembro e seguem até 28 de fevereiro — coincidindo com o cronograma da Operação Veraneio, coordenada pela Secretaria do Estado de Segurança Pública — e devem verificar a condição dos barcos emotos aquáticas, existência de materiais de salvatagem (coletes, botes) e a documentação dos condutores. Para a próxima temporada, a Marinha do Brasilpromete mais profissionais envolvidos e maior monitoramento também em terra.
Conforme o capitão de Mar e Guerra da Capitania dos Portos, Luis Filipe Rabello Freire, as áreas que vão desde a Ilha do Arvoredo até a Praia do Sonho, em Palhoça, contarão com o trabalho de 400 pessoas, quatro embarcações, duas motos aquáticas (jet skis), um navio de grande porte e sete viaturas terrestres. As outras regiões da orla marítima do Estado de Santa Catarina dependem dos trabalhos das delegacias de São Francisco do Sul, Itajaí e Laguna.
— No ano passado, não tivemos nenhuma ocorrência com morte. Queremos manter a eficácia na próxima temporada de verão e também focar na fiscalização antes de sair para o mar. Não há a necessidade de antecipar a fiscalização porque o fluxo de pessoas dentro da água é maior somente a partir da metade de dezembro — avalia.
Lagoa, Jurerê e Ponta do Papagaio merecem atenção
Em Florianópolis, três áreas onde o fluxo de pessoas e de embarcações são maiores devem ser fiscalizadas de perto pela Capitania dos Portos: Lagoa da Conceição(incluindo área lacustre e da Barra da Lagoa), Jurerê Internacional e Ponta do Papagaio, em Naufragados. Enquanto na Lagoa e em Jurerê há tráfego intenso de lanchas, no Sul da Ilha os jet skis dominam.
— A moto aquática é um problema sério todo ano. Os condutores e caroneiros devem usar salva-vidas — orienta o capitão Luis Filipe.
Além do uso de colete, a Capitania dos Portos orienta para a distância que embarcações e jet skis devem manter da areia: 200 metros. Em caso de desrespeito, banhistas podem acionar o órgão pelos telefones 185 (específico para denúncias) e(48) 3281-4800.
Operação Veraneio 2015/2016
A operação começa com ações que abrangem mais de 455 quilômetros de extensão monitorados de áreas de banho divididos em 157 praias e balneários de 37 municípios do Estado. Só o Corpo de Bombeiros Militar mobilizará um efetivo de 1.236 mil guarda-vidas civis e 188 guarda-vidas militares, espalhados em mais em 312 postos de observação no Litoral e no interior. O lançamento oficial da Operação Veraneio 2015/2016 será dia 16 de dezembro, na Avenida Beira-Mar Continental, em Florianópolis. A parte operacional começa em dia 22 de dezembro e vai até 29 de fevereiro de 2016.
A SSP projeta utilizar recursos de R$ 20 milhões, para pagamento de diárias para os policiais transferidos de sua base para o Litoral, alimentação e pagamento dos guarda-vidas civis. Nesta temporada, serão empregados 8 mil profissionais da segurança pública.
Onde são consideradas áreas de segurança?
- a menos de 200 metros de instalações militares;
- usinas hidrelétricas;
- fundeadouros de navios mercantes;
- canais de acesso aos portos;
- proximidades de instalações do porto;
- faixa de 500 metros da linha de base;
- a menos de 500 metros das plataformas de prospecção de petróleo;
- áreas especiais, nos prazos determinados em Avisos aos Navegantes.
Quais são os requisitos de segurança?
- não utilizar a embarcação em manobras arriscadas, fazendo zigue-zague em área de pouco espaço ou a menos de 500 metros da linha de base;
- não cortar a proa da embarcação em movimento e nem reduzir a distância perigosamente;
- uso de colete salva vidas classe II, homologado pelo DPC, sendo que os importados devem estar homologadas pelo Autoridade Marítima dos países de origem;
- obrigatório o uso de chave de segurança atada ao pulso, ao colete ou qualquer outra parte do corpo do condutor, de forma que ao se separar fisicamente da embarcação em movimento a propulsão seja desligada automaticamente, ou reduzida, com movimentos circulares em torno do condutor;
- não exceder a lotação definida pelo fabricante e na documentação da embarcação.
Fonte: Capitania dos Portos
(Do HORA DE SANTA CATARINA - www.clicrbs.com.br)
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