ESTUDANTES DE PARANAGUÁ (PR) DESENVOLVEM APLICATIVO PARA MONITORAR ANIMAIS ENCALHADOS NO LITORAL
Escrito por Vacy Alvaro
Centenas de animais encalhados são encontrados todos os anos no litoral paranaense. Na maioria dos casos, eles já estão mortos. Não raramente, em avançado estado de decomposição. Quando os animais são encontrados vivos, geralmente estão feridos e com situação precária de saúde.
Para ajudar no monitoramento destas espécies e ainda trazer mais agilidade ao atendimento prestado pelo Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) do Centro de Estudos do Mar - da Universidade Federal do Paraná (UFPR) - um grupo de estudantes do Instituto Federal do Paraná (IFPR) - Campus Paranaguá desenvolveu o Larus, um aplicativo para dispositivos móveis.
O protótipo do projeto, que é interdisciplinar e envolve estudantes dos cursos técnicos de Aquicultura e Informática, está sendo apresentado na 4ª Feira de Inovação das Ciências e Engenharias (Ficiencias). O evento está sendo realizado no Parque Tecnológico Itaipu (PTI), em Foz do Iguaçu (PR). Jorge Ferreira Neto, estudante de Informática, explica sobre o funcionamento do aplicativo:
“A ideia é que a pessoa que está correndo na praia de manhã, passeando na praia (principalmente agora na época de temporada que vem bastante turistas), a pessoa esteja com o aplicativo cadastrado e, por acaso, encontre um animal encalhado, abre o aplicativo, tire uma foto (a posição geográfica é localizada automaticamente), e manda para a base dados que avisa automaticamente o LEC, que irá tomar as providências cabíveis para estes animais”.
Em breve, aplicativo Android deve estar disponível para ser baixado na loja virtual Google Play.
A ferramenta segue os moldes de outro aplicativo: o URUBU Mobile, que possibilita qualquer pessoa auxiliar no monitoramento da fauna atropelada nas estradas brasileiras. Segundo a estudante de Aquicultura, Flavia Rossato, a inovação é uma forma de integrar a comunidade à causa ambiental:
“Como a gente sabe, há muitas ocorrências de animais que chegam à praia, mas ninguém tem os dados certos de quantos animais chegam e quais são espécies (se existem espécies novas que chegam lá). Então nós nos inspiramos no aplicativo URUBU Mobile, que faz monitoramento de fauna atropelada nas rodovias, e a partir dele nós nos inspiramos para fazer esse monitoramento do mar. O objetivo principal do projeto é ter em dados numéricos o tanto de animais que chega, quais são as espécies e poder realizar mais pesquisas em cima disso. Tudo com o intuito de informar e integrar mais a população, e criar uma conscientização para resultar na conservação”.
A estudante Renata dos Santos também faz parte do projeto, que é orientado pelos professores Gil Eduardo de Andrade e Izabel Carolina Raittz Cavallet. Agora, o próximo passo do grupo agora é lançar o aplicativo Android na plataforma Google Play.
Criada em 2012, a Ficiencias busca estimular a prática do método científico e da inovação tecnológica. Estudantes brasileiros, paraguaios e argentinos apresentam ideias criativas e inovadoras com o intuito de contribuir com o conhecimento e a evolução no mundo das ciências.
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