Foto: bbc |
Postado por Carla Geremias
A base de uma boa dieta é consumir frequentemente significativas quantidades de peixe - que até aqui já não é nenhuma novidade. Mas pesquisadores sugeriram que ingerir uma grande quantidade de peixe também pode reduzir os riscos de depressão. A doença afeta cerca de 350 milhões de pessoas em todo o mundo e é considerada uma das principais causas de incapacidade - e as projeções não são nada animadoras, a depressão é cogitada para ser a segunda principal causa de problemas de saúde até 2020.
Infelizmente os tratamentos atuais são considerados insatisfatórios, uma vez que os numerosos efeitos colaterais dos medicamentos tornam o processo delicado e poucas pessoas aderem ao uso das drogas com receio dos sintomas. Pensando em levantar os fatores ligados a doença e que poderiam influenciar no risco de depressão, pesquisadores passaram a avaliar a dieta como parte do estilo de vida de muitas pessoas acometidas pela depressão.
O estudo foi publicado no Journal of Epidemiology & Community Health, intitulado "Fish consumption and risk of depression: a meta-analysis", os pesquisadores analisaram trabalhos entre os anos de 2001 a 2014 para avaliar o peso das evidências na relação entre o consumo de peixe e o risco de depressão. A pesquisa utilizou um banco de dados onde foram encontrados 101 artigos, dos quais apenas 16 correspondiam a análise.
Estes 16 artigos incluíam 26 estudos, envolvendo 150,278 participantes. Depois de reunir os dados e realizar as análises, foram verificados que os participantes que ingeriam uma quantidade significativa de peixe reduziram em 17% o risco de depressão, quando comparados aos outros que comiam menos.
Quando a análise foi limitada especificamente por gênero, foram encontradas associações mais fortes entre o consumo de peixes e o sexo masculino, apontando uma redução de 20% do risco de depressão. Já entre as mulheres, está porcentagem foi reduzida para 16%. O estudo é de caráter observacional e não estipula nenhuma conclusão definitiva sobre as causas e efeitos. As análises realizadas com este estudo podem ser integradas a outras pesquisas. Como exemplo, tem sido sugerido que o Ômega 3, encontrado nos peixes, pode alterar a microestrutura das membranas cerebrais e modificar a atividade dos neurotransmissores (dopamina e serotonina), dos quais levantamentos indicam estarem envolvidas na depressão.
Além disso, a alta quantidade de proteínas, vitaminas e minerais encontrados em peixes pode ajudar a afastar a depressão, ou seja, a quantidade de peixe ingerida pode ser um importante indicador de uma dieta saudável e mais nutritiva. Estudos futuros são necessários para investigar se a associação varia conforma a espécie.
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Informações adicionais podem ser conferidas AQUI
(Via o http://www.observasc.net.br/)
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