Fotos The New York Times |
'Mar de escravos' em campos de trabalho flutuante
Vítimas de trabalho escravo, pescadores que se aventuram no Mar do Sul da China, especialmente na frota tailandesa, vivem uma realidade violenta. Muitas vezes, são espancados por costurarem uma rede de pesca lentamente ou de forma errada e até mesmo quando erram na separação dos peixes nos baldes, quando colocam uma cavala onde deveria ser um arenque. Nos últimos anos, as práticas de abuso em alto-mar têm se intensificado, seja pela falta de tato em que as leis trabalhistas marítimas são aplicadas e até mesmo pela insaciável demanda mundial por pescado, mesmo na atual condição de esgotamento de muitos recursos pesqueiros.
por Carla Geremias
Vítimas de trabalho escravo, pescadores que se aventuram no Mar do Sul da China, especialmente na frota tailandesa, vivem uma realidade violenta. Muitas vezes, são espancados por costurarem uma rede de pesca lentamente ou de forma errada e até mesmo quando erram na separação dos peixes nos baldes, quando colocam uma cavala onde deveria ser um arenque. Nos últimos anos, as práticas de abuso em alto-mar têm se intensificado, seja pela falta de tato em que as leis trabalhistas marítimas são aplicadas e até mesmo pela insaciável demanda mundial por pescado, mesmo na atual condição de esgotamento de muitos recursos pesqueiros.
O trabalho forçado ainda é uma realidade em pleno século XXI, mas ele se torna ainda mais pronunciado no Mar do Sul da China, principalmente no Camboja e Mianmar. A frota tailandesa enfrenta um déficit anual de 50.000 pescadores e a solução, na sua maioria, é tornar reféns imigrantes que se aventuram através na fronteira e são atraídos por traficantes. 'Escravos do mar' eles passam a compor os campos de trabalho flutuante em verdadeiros navios fantasmas. Pescadores invisíveis, uma vez que a maioria está em situação irregular no país, eles desaparecem para além do horizonte em embarcações que nem mesmo o governo do país sabe dizer se existem. Embora haja empenho das Nações Unidas e de vários representantes dos direitos humanos que proíbem o trabalho escravo, a intervenção do governo é rara e as autoridades militares e policiais tailandesas fazem pouco para combater a má conduta dos barcos de pesca e suas condições de trabalho. Vale uma brecha para uma reflexão: se
existe ainda o trabalho escravo em alto-mar é porque existe mercado que é abastecido com produto da exploração. Segundo a reportagem, os Estados Unidos é o maior cliente da pesca tailandesa e está entre os que mais exportam da Tailândia, em 2014 totalizou mais de US$ 190 milhões. Embora exista uma crescente pressão norte-americana e de outros consumidores ocidentais para mais responsabilidade nas cadeias de abastecimento das empresas de pesca, exigindo que seja garantido um pescado livre da pesca ilegal e sem contaminações ou falsificações, praticamente nenhuma ação vem sendo centrada sobre o trabalho dos pescadores que estão envolvidos diretamente na atividade.
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(Em inglês)
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(Do http://www.observasc.net.br/)
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