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As iniciativas mais bem-sucedidas de zoneamento costeiro incluem a concessão de áreas ou territórios de pesca para uso exclusivo de comunidades de pescadores artesanais, que contribuem para fiscalizar a pesca e manejar os recursos pesqueiros nessas áreas. A pesca artesanal no Brasil encontra-se ameaçada como atividade econômica, uma vez que os pescadores geralmente têm reduzido poder político e estão sujeitos às diversas pressões sociais e ambientais: pescadores são desalojados de suas moradias pela expansão turística e imobiliária, são excluídos de áreas de pesca pela imposição de unidades de conservação marinhas, têm o seu espaço de pesca repetidamente invadido pela pesca industrial ou comercial de larga escala e arcam com o ônus de impactos ambientais de outras atividades econômicas que afetam as áreas de pesca, como dragagem, mineração, exploração de petróleo e poluição. Nesse contexto, o mapeamento realizado representa uma valiosa contribuição para iniciativas futuras de zoneamento e manejo pesqueiro que considerem os direitos territoriais dos pescadores artesanais. Para os pescadores artesanais, o livro representa um testamento do território e dos recursos utilizados, que, poderá cumprir sua função de valorizar e fortalecer essa categoria profissional tão importante e que não tem recebido o merecido reconhecimento por parte das políticas públicas. Lógico que isso dependerá da mobilização dos pescadores e do empenho das instituições governamentais ligadas à pesca, mas o trabalho dos pesquisadores está feito.
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Fonte: Editora RIMA
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