Postado por Bruna Pinho
Acidentes com peixes peçonhentos são mais frequentes do que se imagina, e tão ou mais graves quanto os ocorridos com cobras e escorpiões. Os mais perigosos são: niquins (Thalassophryne nattereri), bagres (Cathrops spixii eGenidens genidens), peixes-escorpião (Scorpaena plumierie Scorpaena brasiliensis) e arraias (gênero Potamotrygon). Diferentes de peixes venenosos, os peixes peçonhentos possuem um aparato que permite injetar seu veneno no organismo de outro animal, como os ferrões e espinhos. Já existem pesquisas sendo feitas no Instituto Butantã, coordenadas pela Bióloga Mônica Lopes Ferreira, para a produção de um único soro com o intuito de neutralizar o veneno de todos esses peixes, pois não existe uma terapia comprovada para estes acidentes. A gravidade do acidente depende da quantidade de veneno inoculada, podendo causar dor, edemas, necroses e até efeitos sistêmicos.
Os estudos sobre peixes peçonhentos colocam o Brasil entre os pioneiros no tema. Em todo o mundo, apenas a Austrália desenvolve soro para veneno de peixe. Lá, os acidentes causados pelo stone-fish (peixe-pedra), do mesmo gênero do peixe-escorpião, são tratados com soro. A previsão é que, aqui no Brasil, o soro leve cerca de um ano para começar a ser usado em clínicas, pois depende da avaliação e da autorização de um comitê médico e precisará de mais dois anos para se tornar um soro comercial. Saiba mais.
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