A comunidade científica internacional está prestes a concluir o registo da vida marinha após contabilizar aproximadamente 230.000 espécies, equivalente a 40% do total existente nos oceanos.
A comunidade científica internacional está prestes a concluir o registo da vida marinha após contabilizar aproximadamente 230.000 espécies, equivalente a 40% do total existente nos oceanos, anunciou hoje o Worms, entidade que faz Registo Mundial de Espécies Marinhas.
De acordo com a instituição de pesquisa, o número de espécies reconhecidas por aquele que é considerado o maior banco de dados das espécies marinhas foi reduzido para 228.450, depois de encontrar duplicações de 190.400 animais e plantas na literatura científica.
O “rei” de redundância é um caracol cujo nome científico é ‘Littorina saxatilis’, que tem até 113 denominações científicas.
A iniciativa do Worms “é um esforço global para criar um inventário de todos os animais e plantas nos oceanos que foram descritos na história” e “temos esse esforço quase concluído “, assegurou o diretor do Registo Mundial de Espécies Marinhas, Jan Mees, citado hoje pela agência espanhola EFE.
O cientista acrescentou que existem espécies descobertas em todas as áreas marinhas, mas especialmente “nas áreas menos exploradas dos oceanos: o fundo do mar, o Oceano Índico e áreas tropicais”, onde existem “sistemas de corais (que) são muito ricos e (onde) novas espécies são descobertas a cada dia”.
“Além disso, existem grupos de animais que não atraem muito interesse (dos cientistas), por serem muito pequenos, e há muitas espécies desconhecidas”, pelo que os cientistas preveem que, no final do trabalho, possam contabilizar entre 500.000 e um milhão de espécies marinhas, acrescentou.
“Nós acreditamos que quase 40% das espécies nos oceanos já foram descritas até agora. O resto ainda está para ser visto, descoberto e descrito”, disse Jan Mees, admitindo: “sabemos muito pouco sobre os oceanos”.
“Ainda há uma época de descoberta e exploração que nos espera. Houve grandes esforços nas últimas décadas, mas quanto mais estudamos, é evidente que sabemos muito pouco”, insistiu.
Desde 2008, a comunidade científica internacional descobriu cerca de 1.000 novas espécies marinhas, o equivalente 10 espécies por mês, incluindo 122 novos tubarões e raias, barracuda, bem como 131 novos membros de peixe da família Góbio.
Das 228.450 espécies descritas até agora pelos cientistas, 86% – 195.000- são animais-marinhos, alguns dos quais – 18.000 – são espécies de peixes descritas desde meados do século XVIII.
Além disso, existem mais de 1.800 estrelas náuticas, 816 lulas, 93 baleias e golfinhos e 8.900 moluscos e outros bivalves, concluiu o cientista.
Fonte : Observador
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