Segundo cientistas, o número recorde de 35 mil morsas em praia do Alasca seria mais uma evidência das mudanças climáticas.
Publicado por João Lara Mesquita
Cerca de 35 mil morsas foram avistadas esta semana em uma praia nas proximidades de Point Lay, no Noroeste do Alasca. Os animais estariam à procura de águas geladas no Hemisfério Norte.
O fato foi um recorde já que grupos tão numerosos dessa espécie só foram flagrados assim em 2007, 2009 e 2011.
O registro foi feito durante o levantamento aéreo anual de mamíferos marinhos da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA) a cerca de 7,5 km ao Norte de Point Lay, uma importante aldeia do Alasca.
De acordo com os pesquisadores, a grande concentração de morsas em praias da região noroeste do Alasca e também da Rússia é um fenômeno decorrente do aquecimento global, que vem provocando a diminuição de mares gelados durante o verão boreal.
Durante o inverno, as morsas frequentam o Mar de Bering, onde costumam dar à luz. Elas usam o gelo como plataforma para a caça e o descanso. Quando o gelo diminui, as morsas partem rumo a terra firme.
Ao contrário das focas, as morsas não podem nadar por tempo indeterminado. Elas usam suas presas para se arrastar e se deslocar sobre a superfície. Os animais agora estão em número recorde, lutando para encontrar o gelo e, assim, poder descansar no mar Ártico.
O fenômeno também se repete com os ursos polares, que dependem do gelo para sobreviver no Polo Norte.
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