terça-feira, 6 de janeiro de 2015

TEM ÁGUA NO MAR! E VIVA!

Águas-vivas apareceram no Litoral neste fim de semana
Foto: Anderson Fetter / Agencia RBS


Cresce o número de lesões por águas-vivas no litoral catarinense

No meio da temporada de verão, foram registrados quatro vezes mais casos no Estado do que entre outubro de 2013 e abril de 2014, influenciados pelo aquecimento da água e pela corrente marítima

Um beliscãozinho leve seguido de uma ardência na pele. Em seguida, vermelhidão. É do que se queixam banhistas atingidos pelas águas-vivas, também chamadas de mãe-d’água ou medusas e que no final de semana apareceram em grande número em praias de Santa Catarina.

A maior incidência neste verão está no Litoral Sul – entre Passo de Torres e Balneário Rincão – onde em um só dia foram registrados cerca de 600 casos. Em Balneário Arroio do Silva são 20.521 casos nesta temporada, que se iniciou em outubro de 2014 – entre outubro de 2013 e abril de 2014 haviam sido 586 no total.

Quem neste final de semana caminhou pelas praias da Ilha de Santa Catarina encontrou muitos exemplares de água-viva mortos nas areias. A maior quantidade de registros de lesões está nos Ingleses, com 844 casos, segundo o site do Corpo de Bombeiros.

No Campeche, ao Sul, também existem registros. Mesmo que aparentemente sem vida, o recomendável é não tocar. Do contato com os filamentos transparentes resultam bolhas e sensação de queimadura, que podem provocar náusea, vômitos, tonturas.

Animais costumam se aproximar em grupos

Os registros das ocorrências nesta temporada estão no site do Corpo dos Bombeiros. Devido ao recesso, uma atualização mais completa deve ocorrer nesta segunda-feira.

O tenente Henrique Piovezan Silveira, do Batalhão do Corpo de Bombeiros de Criciúma, explica que a ocorrência pode estar ligada ao aumento de temperatura da água. Especialistas relacionam o aparecimento ao aquecimento global, ao vento e às correntes marítimas.

O conselho dos guarda-vidas é para que os banhistas atentem para a presença da água-viva, uma vez que não existe o que fazer a não ser esperar que as correntes mudem e a espécie se afaste da costa. A presença de uma certa quantidade deve servir de alerta, pois a reprodução nunca ocorre isoladamente.

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(Do DIÁRIO CATARINENSE - www.clicrbs.com.br)

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