Foto enviguard.net |
A aquicultura marinha cresce a cada ano, de acordo com uma avaliação mundial feita pela FAO. No entanto, a presença indesejável de vírus que causam doenças nos peixes, de produtos químicos e de toxinas das algas podem afetar diretamente as fazendas de peixes e moluscos marinhos, comprometendo o crescimento desta atividade.
Como resposta a uma crescente necessidade de monitoramento em tempo real de parâmetros químicos e biológicos da água do mar, cientistas do Projeto EnviGuard, financiados pela EU, estão projetando um novo dispositivo autônomo e barato, que possa ser usado pelos aquicultores para monitorar continuamente as águas das áreas de cultivo e alertar sobre a presença de substâncias de risco. O sistema de monitoramento será composto por 3 módulos diferentes de sensores, um para microalgas, outro para patógenos (vírus e bactérias) e o terceiro para toxinas e químicos.
Estes sensores serão conectados na interface “EnviGuard Port”, que envia as informações para um servidor. Os dados ficam então disponíveis em tempo real em um website. Será o sonho de consumo de todos os aquicultores marinhos.
Os sensores serão compostos de minúsculos chips que possuem diferentes princípios de medição. Eles dependem da utilização de sondas moleculares, os anticorpos ou os chamados aptameros - pequenas moléculas que contêm os ácidos nucléicos (DNA) - componentes que se ligam especificamente às várias substâncias a serem detectadas.
Isso desencadeia um sinal óptico, posteriormente convertido em um sinal eletrônico, antes de ser recolhido em uma interface comum. Os biossensores a serem desenvolvidos no projeto vão muito além do atual estado da arte em termos de precisão, confiabilidade e simplicidade de operação.
Eles combinam inovações em nanotecnologia e ciência molecular, levando ao desenvolvimento de tecnologia de sensores de ponta. Os biossensores podem tornar-se fundamentais para entender e prever a propagação de patógenos, trazendo informações valiosas para o planejamento da aquicultura, desde a escolha do local até o controle de biossegurança. Outro desafio é transformar este sensor em um dispositivo portátil. O pequeno dispositivo ficará amarrado a uma bóia, realizando as mesmas funções, permitindo um acompanhamento simultâneo das diferentes ameaças.
Saiba mais detalhes deste revolucionário dispositivo clicando AQUI!
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