Fotos O Globo |
O pinguim-de-magalhães (Spheniscus magellanicus) se reproduz nas costas leste e oeste da América do Sul, desde o Chile até a Argentina, e muitos atingem o litoral brasileiro quando estão se deslocando atrás de alimento. O Centro de Estudos Costeiros, Limnológicos e Marinhos (CECLIMAR) recolhe os pinguins que chegam à praia debilitados, feridos ou sujos de óleo. Mas 2014 está sendo um ano atípico. Até agosto deste ano o número de pinguins mortos chegou a 2 mil. Em todo o ano de 2013 foram menos de 1,8 mil casos. A grande maioria dos animais estavam magros, sem lesões externas significativas e sem manchas de óleo. Jovens em seu primeiro ano de vida. Esses aspectos indicam que grande parte da mortalidade é fruto do processo de seleção natural. Entretanto, outros fatores podem estar contribuindo para que essa mortalidade seja maior que o normal.
Mais de 50% dos pinguins têm sido encontrados com lixo no estômago, indicando que a poluição marinha já está atingindo significativamente uma parcela da população. Aliado a isso, a poluição marinha por poluentes químicos também cobra o seu preço. Um terceiro fator pode ser a alteração climática, que modifica as correntes marinhas e altera também o padrão de disponibilidade de alimento, deixando os pinguins mais suscetíveis às ações antrópicas. Esse problema, potencializado pela ingestão de resíduos sólidos, capturas acidentais em redes de pesca e a poluição crônica dos mares, pode agravar ainda mais a sobrevivência da espécie.
(Do Fonte: Globo.com)
Nenhum comentário:
Postar um comentário