sexta-feira, 22 de agosto de 2014

OSTRAS E MARISCOS

Foto: Jessé Giotti / Agencia RBS

Secretaria de Estado da Agricultura e da Pesca interditou áreas de cultivo de ostras e mexilhões em todo litoral de Santa Catarina, devido à presença de toxinas encontradas em Porto Belo, na praia da Ponta do Papagaio, em Palhoça, e em São Francisco do Sul.

Exames laboratoriais detectaram a presença da DSP, substância produzida por algas chamadas de Dynophysis e que pode provocar intoxicação alimentar. De acordo com informações da secretaria, a toxina pode ser acumulada por organismos filtradores como ostras e mexilhões. O último episódio de excesso de DSP foi em 2008. 

O Laboratório de Estudos sobre Algas Nocivas e Ficotoxinas, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Santa Catarina (IFSC), atesta que existe a confirmação de valores das toxinas acima do limite permitido para o consumo de ostras e mexilhões em duas regiões (São Francisco do Sul e Porto Belo) e as condições ambientais são muito favoráveis para a proliferação de Dinophysis.

Além da interdição, está proibida a retirada, a comercialização e a orientação é não consumir estes animais. Novas coletas de ostras e mexilhões serão realizadas para monitoramento das áreas de produção e os resultados dessas análises definirão a liberação ou manutenção da interdição das áreas afetadas. 

Sintomas em poucas horas

A expectativa é de que as toxinas produzidas pelas algas desapareçam em poucos dias, não gerando prejuízos financeiros para os maricultores porque a produção permanecerá na área de cultivo.

Os sintomas causados pela DSP são diarreia, náuseas, vômitos e dores abdominais e se manifestam em poucas horas após a ingestão de moluscos contaminados. A recuperação do paciente se dá entre dois e três dias, independente de tratamento médico.

No dia 14 deste mês, o Laboratório Laqua-Itajaí/IFSC detectou a presença da toxina diarréica em cultivos da localidade de Paulas, em São Francisco do Sul. No dia 21 de agosto, a mesma toxina foi detectada em cultivos localizados em Porto Belo e, na mesma data, foi encontrada alta contagem de algas produtoras da toxina na localidade de Ponta do Papagaio, em Palhoça.

(Do www.clicrrbs.com.br)

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