Foto Daqui na Rede |
ICMBio recolhe redes em Sambaqui e Sto Antônio
Fiscais do Instituto Chico Mendes para a Biodiversidade (ICMBio) estão fazendo a limpa nas praias e costões de Sambaqui e Santo Antônio de Lisboa, recolhendo redes e outros equipamentos de pesca, inclusive embarcações. A ação atende determinação do procurador da república Eduardo Barragan, com base na instrução normativa nº 171 de 19 de maio de 2008, do Ibama, que regulamenta a captura da tainha entre 15 de março a 15 de agosto de cada ano.
A ação na tarde desta quarta-feira (11.6) foi comandada por Silvio Souza Junior, chefe da Estação Ecológica de Carijós, aos cuidados do ICMBio, acompanhado de três funcionários da unidade. Segundo ele, a instrução normativa 171/2008 só permite a colocação de redes a 300 metros dos costões, a um quilômetro da barra de qualquer rio e a uma milha (1852 metros) de ponto destinado a captura de tainhas (no caso a praia da Daniela). Dentro da unidade não é permitido nenhum tipo de captura.
Algumas redes foram recolhidas por estarem com pontas presas em costões ou dentro da Estação de Carijós. Uma rede do pescador I. C. foi recolhida apesar de estar dentro do barco, ancorado fora da unidade de conservação. “Para mim isso foi um roubo”, reclamou. Segundo Sílvio, ela foi recolhida por se tratar de rede tipo “feiticeira, molhada e suja, indicando uso recente, e com calão (dispositivo para prender no costão”, justificou Sílvio.
De acordo com ele, “quem conseguir comprovar o efetivo exercício da pesca, como carteira e licença da embarcação, pode requerer a rede de volta, podendo permanecer com ela como fiel depositário”. Apesar dos argumentos, o fato é que a ação do ICMBio e Ministério Público Federal gerou descontentamento entre os pescadores que foram notificados ou tiveram equipamentos apreendidos.
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