Em áreas litorâneas é comum observar embarcações sendo seguidas por bandos de aves. A facilidade de obtenção de alimento durante as operações de pesca faz das aves marinhas assíduas seguidoras de embarcações pesqueiras. Os peixes que são recusados pelos pescadores e lançados ao mar, mortos ou moribundos, são um verdadeiro banquete para estes animais. Curiosamente umas das maneiras utilizadas por pescadores para encontrar cardumes é seguir aglomerações de aves. Uma verdadeira parceria entre pescadores e aves, onde aquele que achar primeiro acaba por atrair o outro. Porém, as interações destes animais com embarcações nem sempre acabam bem, e aves acabam sendo capturadas por petrechos de pesca, principalmente nas artes de espinhel e emalhe.
Esta captura indesejada não é interessante a nenhum dos lados. Constantemente são realizados estudos para reduzir estas capturas. Outro impacto da interação entre aves e embarcações é a mudança nos padrões de voo das aves durante a atividade pesqueira. Frederic Bartumeus, do Centro de Estudos Avançados de Blanes, Espanha, e colaboradores analisaram dados de rastreamento por satélite para duas espécies de procelarídeos (aves marinhas) em suas viagens de alimentação ao largo da costa mediterrânea da Espanha. Segundo Bartumeus, os padrões de percurso das aves diferiam nos dias em que havia ação dos barcos pesqueiros e nos dias em que não havia. O artigo publicado na revista Current Biology mostra através de dados de localização por satélite que esse fenômeno pode afetar os padrões de movimento das aves em larga escala. Para ter acesso ao artigo clique aqui.
(Do The New York Times)
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