segunda-feira, 2 de junho de 2014

SAFRA BOA

Em 17 dias de temporada, pescadores capturam 210 toneladas de tainha

No mesmo período do ano passado, pesca rendeu 34 toneladas a menos

Colombo de Souza
FLORIANÓPOLIS
Este ano o mar está para pei­xe. Nos primeiros 17 dias da tem­porada da tainha, que abriu no dia 15 de maio, já foram captura­dos 210 toneladas, 34 a mais que no mesmo período do ano passa­do. O pico da corrida da tainha da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e da Bacia do Prata, na Ar­gentina, para águas mais quentes da costa catarinense, vai até o próximo dia 20.
Rosane Lima/ND
Oito toneladas do peixe foram capturadas na Barra da Lagoa
“As expectativas são boas. Se soprar um vento sul e as águas esfriarem, o peixe vai encostar”, comentou o presidente da Federa­ção dos Pescadores de Santa Ca­tarina, Ivo Silva. Segundo ele, no ano passado foram capturadas 1,2 mil toneladas do peixe. Somente em Naufragados, Sul da Ilha, fo­ram pescados 16.480 tainhas. Foi a colônia campeã, entre as demais existentes em Florianópolis.
No último sábado, pescadores da colônia da Barra da Lagoa pes­caram oito toneladas. Os peixes foram cercados a 800 metros da praia e também nas proximidades da ilha das Aranhas. A maré cheia e a calmaria do vento sul colabo­raram para a captura do cardume. “As tainhas estão vindo cada vez mais graúdas”, observou o pesca­dor Manoel Teixeira, 65.
Do lado de fora da corda que cercava os peixes, a aposentada Maria Luiz Dias, 88, esperava pelo momento de ser presentea­da. Geralmente a partilha é feita entre as pessoas que ajudam a puxar a rede, mas o pescado não é negado aos nativos e aos curio­sos. “Vou fazer a minha escalada e frita para comer com pirão de farinha”, comentou Maria, sem desviar o olhar para o monte de pescado que era dividido.
Pescados são congelados para consumo
As 17 tainhas ovadas, adquiridas por R$4,20 serão congeladas e moderadamente consumidas pela manezinha Nadir Maria Bilk, 62. “Esse é um peixe gordo. Não dá para abusar e comer muito em pouco tempo”, alertou ela. Para manter o sabor do pescado, dona Nadir segue a dica da embarcação: não lavar o peixe na água doce e congelar assim mesmo.
O presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva lembra que a safra termina no dia 30 de julho, mas muitos pescadores já começam a recolher as redes após o dia de São Pedro, 29 de junho.

(Do ND - www.ndonline.com.br)

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