Em 17 dias de temporada, pescadores capturam 210 toneladas de tainha
No mesmo período do ano passado, pesca rendeu 34 toneladas a menos
Colombo de Souza FLORIANÓPOLIS |
Este ano o mar está para peixe. Nos primeiros 17 dias da temporada da tainha, que abriu no dia 15 de maio, já foram capturados 210 toneladas, 34 a mais que no mesmo período do ano passado. O pico da corrida da tainha da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e da Bacia do Prata, na Argentina, para águas mais quentes da costa catarinense, vai até o próximo dia 20.
Rosane Lima/ND
Oito toneladas do peixe foram capturadas na Barra da Lagoa
“As expectativas são boas. Se soprar um vento sul e as águas esfriarem, o peixe vai encostar”, comentou o presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva. Segundo ele, no ano passado foram capturadas 1,2 mil toneladas do peixe. Somente em Naufragados, Sul da Ilha, foram pescados 16.480 tainhas. Foi a colônia campeã, entre as demais existentes em Florianópolis.
No último sábado, pescadores da colônia da Barra da Lagoa pescaram oito toneladas. Os peixes foram cercados a 800 metros da praia e também nas proximidades da ilha das Aranhas. A maré cheia e a calmaria do vento sul colaboraram para a captura do cardume. “As tainhas estão vindo cada vez mais graúdas”, observou o pescador Manoel Teixeira, 65.
Do lado de fora da corda que cercava os peixes, a aposentada Maria Luiz Dias, 88, esperava pelo momento de ser presenteada. Geralmente a partilha é feita entre as pessoas que ajudam a puxar a rede, mas o pescado não é negado aos nativos e aos curiosos. “Vou fazer a minha escalada e frita para comer com pirão de farinha”, comentou Maria, sem desviar o olhar para o monte de pescado que era dividido.
Pescados são congelados para consumo
As 17 tainhas ovadas, adquiridas por R$4,20 serão congeladas e moderadamente consumidas pela manezinha Nadir Maria Bilk, 62. “Esse é um peixe gordo. Não dá para abusar e comer muito em pouco tempo”, alertou ela. Para manter o sabor do pescado, dona Nadir segue a dica da embarcação: não lavar o peixe na água doce e congelar assim mesmo.
O presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva lembra que a safra termina no dia 30 de julho, mas muitos pescadores já começam a recolher as redes após o dia de São Pedro, 29 de junho.
(Do ND - www.ndonline.com.br)
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