Pescadores de Balneário Camboriú capturaram cerca de 7 mil tainhas em dois dias
Conforme os trabalhadores, esta é a segunda maior cercada dos últimos anos em Laranjeiras
Somente nesta quinta-feira pescadores capturaram 1.850 tainhas
Foto Rafaela Martins / Agencia RBS
Os últimos dois dias foram de fartura para os pescadores artesanais da Praia de Laranjeiras, em Balneário Camboriú. Somente nesta quinta foram capturadas 1.850 tainhas e quarta-feira uma cercada trouxe 5.150 peixes — segundo maior número entre as safras recentes para os pescadores locais. A temporada da tainha segue até 15 de julho.
Conforme o pescador artesanal Maurício Rocha, a pesca estava fraca e até terça-feira cerca de 30 tainhas tinham sido capturadas. Ele explica que por ser uma baía distante, os peixes chegam mais devagar em Laranjeiras.
— Estávamos até um pouco tristes com as poucas tainhas, mas agora deu uma melhorada, acho que foram quase 15 toneladas nesses dois dias — comenta.
Rocha acredita que com o frio mais tainhas sejam atraídas para o cardume que está na praia e a pesca continue boa nos próximos dias. O pescador diz ainda que uma das vantagens da praia de Laranjeiras é que mesmo com o tempo ruim, é possível jogar as redes.
Indicador positivo
De acordo com o professor e membro do Grupo de Estudos Pesqueiros da Univali (GEP), Paulo Ricardo Schwingel, a pesca de aproximadamente 7 mil tainhas em Laranjeiras é um indicador de melhora no comparativo com o ano passado. O professor afirma que 2013 foi um dos piores anos para a pesca artesanal na região e que a situação registrada é bastante positiva.
— A enseada de Balneário é mais protegida, então não há grandes capturas, foi uma surpresa que tenha havido essa, quer dizer que a tainha migrou — explica.
Já na pesca industrial em Itajaí, Schwingel diz que foram capturadas aproximadamente 300 toneladas de tainha até o momento, segundo o registro parcial.
— Em 2013 foram capturadas 1,3 mil toneladas pela frota industrial e nossa média histórica é 2,5 mil toneladas. Desde 2011 esse número tem ficado abaixo da média — avalia.
No entanto, o professor explica que normalmente as melhores capturas ocorrem em junho, quando fica mais frio.
— Dois fatores determinam a quantidade da safra na pesca industrial: a abundância de biomassa no mar e o fator climático, pois a tainha migra para o Norte com a entrada do frio. Na artesanal também entra a questão do vento Leste, que empurra o peixe para as enseadas — argumenta.
(Do Sol Diário - http://osoldiario.clicrbs.com.br/)
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