segunda-feira, 31 de março de 2014

FIM DA MATANÇA?

Foto Divulgação/Greenpeace
 Corte de Haia proíbe Japão de caçar baleias na Antártida
Tribunal Internacional de Justiça aceita queixa da Austrália, que acusou japoneses de praticar atividade comercial camuflada de pesquisa científica. Tóquio promete cumprir determinação

por Deutsche Welle — publicado 31/03/2014 13:07

Além do Japão, Noruega e Islândia também defendem a caça de baleias. A alegação é de que a prática faz parte de suas tradições.
O Tribunal Internacional de Justiça de Haia determinou nesta segunda-feira (31/03) que o Japão suspenda a caça às baleias no mar da Antártida, afirmando que Tóquio está desenvolvendo uma atividade comercial camuflada de investigação científica.

"O Japão deve revogar todas as autorizações e licenças no quadro do Jarpa II [programa japonês de caça à baleia na Antártida] e deixar de conceder novas autorizações em nome do programa", disse o juiz Peter Tomka, presidente do órgão judicial máximo da ONU.

O juiz deu razão à Austrália, que apresentou em 2010 queixa no Tribunal Internacional de Justiça acusando o Japão de prática de caça à baleia com escala comercial sob disfarce de um programa de investigação científica.

Considerando que Tóquio não está respeitando uma moratória que proíbe a caça à baleia a não ser que a prática se destine a fins científicos, os australianos pediram ao tribunal que ordenasse o fim do programa Jarpa II. O Japão, segundo argumentam, teria caçado mais de 10 mil baleias desde 1988.

Carne é iguaria

A Comissão Baleeira Internacional decretou uma proibição à caça comercial à baleia em 1986. O Japão assinou a moratória, mas continuou caçando, alegando fins científicos. E nunca fez segredo de que a carne dos animais abatidos é consumida e apreciada pelos japoneses.

De acordo com a entidade ambientalista Sea Shepherd, a proibição da caça às baleias pelos japoneses na Antártida é crucial para a sobrevivência dos mamíferos marinhos na região. Além do Japão, Noruega e Islândia também defendem a prática. Eles desrespeitam a moratória alegando que a atividade faz parte de suas tradições.

O Japão se disse "profundamente desapontado" com a proibição, mas prometeu cumprir a determinação. "Como um Estado que respeita a lei e como um membro responsável da comunidade internacional, o Japão seguirá a decisão do tribunal", garantiu em Haia o chefe da representação japonesa, Koji Tsuruoka.

A...M...AR

Foto Orlando Azevedo

SALÃO CINCO ESTRELAS

Foto Alcides Dutra
O paruzinho abriu um serviço de limpeza que virou "point" entre os peixes da Ilha do Arvoredo. Ele extrai parasitas, pedaços de pele e ainda faz uma inspeção completa nas guelras, tudo grátis.
E não tem essa de hora marcada, chegou é atendido. Só nesta foto ele atende a cinco clientes ao mesmo tempo.

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sábado, 29 de março de 2014

TEM SIRI NA SOPA


Associação promove Concurso Gastronômico da Sopa de Siri no Centro Histórico de São José
Evento tem o objetivo de integrar a comunidade e manter a tradição culinária da região

Letícia Mathias 
FLORIANÓPOLIS

Quem estiver em São José neste fim de semana poderá aproveitar o domingo para provar os sabores tradicionais da culinária local e viver a cultura da região no Concurso Gastronômico da Sopa de Siri. O evento está na oitava edição, é aberto ao público e encerra a programação de 264 anos do aniversário do município. A proposta é resgatar a tradição da região, integrar a comunidade e promover dois pratos principais, a sopa de siri e o pirão com linguiça.

Foto Glauco Covre/PMSJ/ND
Até sexta feira, 21 participantes estavam confirmados para participar do concurso. A avaliação dos jurados tem três pré-requisitos: sabor, textura e apresentação. O sabor é critério de desempate. O participante deverá apresentar uma panela com no mínimo 20 litros de sopa até as 11h30, horário que inicia a disputa culinária.

A festa é realizada no Centro Histórico de São José e a comissão organizadora espera a presença de 1.500 pessoas. Além de acompanhar o concurso, os visitantes poderão provar as sopas do concurso. Para quem não gosta ou não pode comer siri, também tem a opção de pirão com linguiça, berbigão ensopado e pastéis. Durante todo o dia, haverá apresentações culturais como boi-de-mamão, show com Fábio do Cavaco e Amigos do Praça 11, brincadeiras infantis, exposições de fotografia, artesanato e miniaturas de carros antigos.

O concurso começou em 2007 incentivado pelo presidente da Associação do Centro Histórico de São José da Terra Firme, José Ricardo Koerich. Ele conta que o objetivo é trazer as famílias para a praça, resgatar o costume de se reunir em torno da mesa. “É uma boa oportunidade para rever amigos, se alimentar bem e manter essa tradição culinária. Na primeira edição, tinha 150 pessoas, ano passado colocamos 1.200 cadeiras e tinha gente em pé. O pessoal tem comparecido, queremos reunir e agregar famílias”, disse.

O quê: 8º Concurso gastronômico de Sopa de Siri de São José

Quando: domingo, das 10h às 17h

Onde: Centro Histórico de São José

Quanto: Acesso gratuito. Sopa de Siri R$ 3, pirão com linguiça e berbigão ensopado R$5. Mais informações: 9131-7516.

(Do ND - www.ndonline.com.br)

quinta-feira, 27 de março de 2014

quarta-feira, 26 de março de 2014

PESCA DA TAINHA


Confusa, legislação permite pesca de tainha o ano todo no estuário da Lagoa da Conceição

Pescadores artesanais aproveitam brechas da lei e capturam cardumes ovados fora do período regulamentar da safra

Edson Rosa 
FLORIANÓPOLIS

Tainha fresca a apenas R$ 7 o quilo, metade do preço da anchova, é a oferta em pleno mês de março na maior peixaria da avenida das Rendeiras, na Lagoa da Conceição. Com ou sem ova.

Pequeno, o estoque comprado pela manhã de ontem ficou pouco tempo no balcão e, no meio da tarde, foi reforçado por mais 150 quilos de tainhotas pescados por Amarildo dos Santos, 33 anos, que aposta numa safra recuperadora nesta temporada oficial de pesca. “Ainda está magro, mas tem muito peixe este ano na lagoa”, diz, enquanto manobra o bote e zarpa para a Costa da Lagoa.



Flávio Tin/ND
Amarildo dos Santos pescou 150 quilos de tainhotas e acredita numa boa safra

Segundo Santos, são normais os cercos de tainha fora do período regulamentar da safra – de maio a julho – com redes de caça de malha. Confusa, a legislação não especifica onde é permitido pescar, nem existe fiscalização. “A lagoa é grande, e saímos diariamente em busca dos cardumes. Caiu na rede é peixe”, resume o pescador.

A rede de Santos é do mesmo tipo da utilizada pelos colegas Amauri Silva e João Schmidt, que ontem voltaram para terra com cerca de 200 tainhas adultas – pouco mais de 170 quilos. “Esta é a única forma de pescar na lagoa. Se não pegarmos agora, quando começar a corrida para desova será tarde”, argumenta.

Na Delegacia Especial de Polícia Marítima da Polícia Federal, em Florianópolis, agentes de plantão também têm dúvidas sobre o que a portaria 171 diz sobre a captura de tainhas em ambientes estuarinos. A fiscalização, segundo um dos policiais, será intensificada a partir de maio, após a abertura da temporada oficial da pesca pelos ministérios da Pesca e Aquicultura e do Meio Ambiente.

Ultrapassada, legislação será revista

A Instrução Normativa 171, de 2008, que completa cinco anos de vigência e está perdendo validade, será reeditada em abril com novos critérios para a safra da tainha deste ano. A expectativa do presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva, é que a nova portaria antecipe do dia 15 para 1º de maio o período de liberação para a pesca artesanal.

“A legislação está ultrapassada, precisa ser atualizada para regulamentar a atividade artesanal e restringir a industrial”, diz Ivo, que representa a Confederação Nacional dos Pescadores no grupo de estudos formado, também, por técnicos dos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente, pesquisadores da Univali (Universidade do Vale do Itajaí) e da indústria pesqueira.

Ivo admite que a atual legislação é confusa ao tratar da atividade pesqueira em estuários fora do período regulamentar de safra, como as lagoas dos Patos e da Conceição. Na interpretação dele, se estiver com a embarcação licenciada e a documentação pessoal atualizada, o pescador artesanal pode utilizar redes de caceio com malha dez [centímetros de diâmetro], mesmo em águas protegidas e estuarinas – lagoas, rios e baías.

“É estranho, mas a legislação deixa brechas. Por isso, precisa ser revista”, completa. Silva lembra que, de acordo com a portaria 171, a pesca da tainha é liberada o ano inteiro na Lagoa dos Patos, o principal criadouro da espécie no litoral Sul do Brasil.

PORTARIA 171

Pesca em lagoas

Art. 2º - Proibir, anualmente, no período de 15 de março a 15 de agosto, a prática de todas as modalidades de pesca, em todas as desembocaduras estuarino-lagunares do litoral das regiões Sudeste e Sul.

§1º - Para efeito desta Instrução Normativa, define-se como desembocaduras estuarino-lagunares, as áreas compreendidas a 1.000 m da boca da barra para fora, em direção ao oceano, a 200 m, à montante da boca da barra, para dentro do rio e de 1.000 m de extensão nas margens adjacentes às desembocaduras dos estuários.

Art. 3º - A temporada anual de pesca da tainha será aberta, a partir de 15 de maio, no litoral das regiões Sudeste e Sul, para as embarcações devidamente legalizadas e permissionadas.


(Publicado em 26/03/14-15:00 no ND - www.ndonline.com.br)



AS TAINHAS ESTÃO CHEGANDO!

Foto Elvis Palma
Ontem, em Laguna, SC,  pescadores já estão nas tarrafas pegando tainhas, com auxílio imprescindível dos Botos...

Veja mais no https://www.facebook.com/elvis.palma.5?fref=ts

BALEIA À VISTA!



Elas passam o ano inteiro nas regiões tropicais, se alimentando de pequenos peixes e crustáceos, mas nunca estiveram tão próximas dos cariocas. Atraídas por cardumes que chegam ao litoral a reboque da ressurgência, um fenômeno que trouxe massas de águas frias, ricas em nutrientes, as baleias-de-bryde (Balaenoptera brydei) viraram a sensação do verão e ainda devem ser avistadas próximas a praias como Urca, Copacabana e Ipanema neste outono. Desde janeiro, pesquisadores do Projeto Ilhas do Rio, programa patrocinado pela Petrobras Ambiental, já avistaram 20 ocorrências do mamífero no litoral.

Cosmopolitas, rápidas e discretas — raramente fazem malabarismos para fora da água —, as brydes já são um sucesso na Tailândia e na Austrália, onde há turismo específico para avistá-las. Agora, atraem os olhares tupiniquins e encantam pesquisadores. A bióloga Liliane Lodi, chefe da equipe responsável pelo monitoramento e levantamento de cetáceos do Projeto Ilhas do Rio, se surpreendeu com as visitas praticamente semanais das baleias em território carioca.

” Em janeiro, nossa equipe avistou indivíduos na costa do Rio semanalmente. Na semana passada, encontramos uma mãe e filhote na entrada da Baía de Guanabara. Eles foram vistos nos dias 14, 17, 18 e 19 de março. O filhote, de 4 metros, é um carioca genuíno. Como são animais vulneráveis, pedimos cuidados aos pilotos de embarcações. São como recém-nascidos”, compara a bióloga.

Caracterizadas por possuírem três quilhas no topo da cabeça e pelo corpo fino, que permite um nado ágil, as Balaenoptera brydei não são mamíferos migratórios. Enquanto a baleia jubarte percorre até dez mil quilômetros anualmente, por exemplo, a bryde prefere evitar longos deslocamentos. Chega a 15 metros de comprimento e tem um hábito curioso: o jeito desregrado, irregular, de nadar.

“A jubarte é previsível: traça uma reta e se desloca de forma retilínea. A bryde, não. Do nada, ela muda a direção em 90 graus”, diz o pesquisador Salvatore Siciliano, da Escola Nacional da Saúde Pública (ENSP) da Fiocruz, e coordenador do Grupo de Estudos de Mamíferos Marinhos da Região dos Lagos. — É um animal ainda pouco conhecido pelos biólogos. Sabemos que são atraídas por águas ricas em peixes e crustáceos. E que é a única das grandes baleias que não faz longas migrações. Não temos, porém, a mais vaga noção da quantidade populacional.

Fonte: http://www.anda.jor.br/

terça-feira, 25 de março de 2014

DEU NA MÍDIA

Foto Guto Kuerten / Agencia RBS
Pescadores pegam cerca de 200 tainhas na Lagoa da Conceição, na Capital.

 Foram pescados 117 quilos de tainha, o equivalente a 585 gramas por peixe.

Com uma canoa a remo, dois pescadores conseguiram pegar cerca de 200 tainhas nesta madrugada no meio da Lagoa da Conceição, em Florianópolis. A captura das tainhas não é mais novidade na lagoa neste ano, mas o pescador Amaral Silva, de 50 anos, acredita que essas estavam melhores:

— Não estavam bonitas que nem estas daqui. Ainda mais porque praticamente todas estão com ova!

Amaral e João Schmitt, de 21 anos, saíram da Costa da Lagoa, onde residem, por volta das 22h30min de segunda-feira. Durante a noite o maior problema foi a quantidade de siris que se agarravam à rede de pesca. Foram dois lances que tomaram praticamente toda a noite dos dois. 

— O tempo está mais frio e ajuda para que elas apareçam. Usamos uma rede de malha dez durante o cerco e perdemos muito tempo tirando os siris da rede. Se não fosse isso teríamos pego muito mais — diz Schmitt.

Amaral é profissional e pesca desde os oito anos quando aprendeu com o avô Flutuoso Gogi. 

Na peixaria o resultado foi 117 quilos. Aproximadamente 585 gramas por peixe. Na areia, depois de pesarem o total, eles retiraram uma quantidade enorme de siris presos na rede. O transtorno não era nada já que o dia estava ganho.

— Agora vamos para casa dando risadas.

(Do DC - www.clicrbs.com.br)

TRABALHO JUVENIL

Foto Alcides Dutra
Esta salema (peixe maior) quando era jovem, foi um peixe limpador, que retirava parasitas e pele morta dos outros peixes. Mas quando cresceu deixou esta atividade para sempre.

Curiosamente, hoje ela usa estes serviços, prestados por outro jovem limpador, um paruzinho (peixe menor), que assim como a salema, vai deixar esta função quando crescer.
Imagem obtida por Alcides Dutra na Ilha do Arvoredo - SC.

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segunda-feira, 24 de março de 2014

AS TAINHAS ESTÃO CHEGANDO!

Imagem Diário do Sul
A safra da tainha neste ano promete. A temporada geralmente começa só em meados de maio, mas com a queda das temperaturas no fim de semana, os pescadores artesanais se surpreenderam ao puxar as redes. Foram pescados ontem 1,2 mil quilos de tainha na praia norte de Itapirubá, Santa Catarina.

(Fotograma e informações do Diário do Sul - www.facebook.com/diario.sul)

sábado, 22 de março de 2014

 


PREVISÃO DO TEMPO PARA DOMINGO (23/03)

Powered By Chuvalski o mané do tempo.

Suas prece foram atendidas o calorão ta indo em bora o Extepô!

Amanhã o dia terá será de Soli sem nuvens durante o dia todo. A novidade será o frio pela madrugada que deve ficar em torno de 16ºC . Porém a temperatura sobe rápido chegando a 27 graus às 14hs e só não sobe mais porque teremos um vento Suli muito forte, com rajadas de até 40km por hora.

O céu fala e maneseda entende.

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Visite a FanPage da "Tribuzanas, Tainhas & Rabos de Galo", acessando o link 


sexta-feira, 21 de março de 2014

TÚMULO DE GUERRA


Expedição ao submarino só ocorrerá depois de 15 de abril, segundo Vilfredo Schürmann
Foto Reprodução / Divulgação

Família Schürmann adia expedição ao submarino alemão U-513

Victor Pereira

Victor.pereira@osoldiario.com.br

A Família Schürmann decidiu adiar a expedição ao submarino alemão U-513, que seria feita em março e desbravaria o submersível usado pelos nazistas na 2ª Guerra Mundial e hoje considerado um túmulo de guerra. Ainda não há nova data marcada para a descida ao fundo do mar, mas o certo é que ela não ocorrerá antes de 15 de abril, conforme Vilfredo Schürmann.

O adiamento foi motivado pela busca de melhor estrutura para a exploração. Vilfredo explica que procura uma embarcação com posição dinâmica para substituir o barco pesqueiro que inicialmente faria parte da aventura. Esse novo barco teria quatro motores elétricos ligados e controlados por três DGPS (evolução do GPS que tem melhoria significativa na precisão da localização).

— Em um barco de pesca precisaríamos jogar quatro âncoras e mudá-las de posição muitas vezes, seria um trabalho estafante. Com essa outra embarcação teremos mais controle — afirma.

Os Schürmann ainda não encontraram uma embarcação com disponibilidade para a aventura e também buscam patrocínio para viabilizar a expedição, já que segundo Vilfredo a contratação desse barco tem um alto custo.

(Do O SOL DIÁRIO - www.clicrbs.com.br)

quarta-feira, 19 de março de 2014

DEU LULA NO RICARDINHO MACHADO



"Lula lá

No canal da Barra da Lagoa os pescadores comemoram a espetacular temporada da pesca de lula. Já passou de mil toneladas a captura de lula só pelos associados da Colônia Z11. E melhorou o preço com a chegada de um novo negociador que tá pagando a R$7,50 o quilo. Ano passado pagavam R$ 4,50. Resultado: mais de R$ 600 mil nesta temporada caindo no bolso da comunidade da Barra da Lagoa. 

Mas...

O absurdo fica por conta de alguns restaurantes ditos finos do canal da Barra da Lagoa cobrando uma fortuna por um prato de lula à dorê. Por isso que na última sexta-feira, com a cidade ainda agitada de turistas, o dito restaurante, com filial na Lagoa, estava às moscas. " 

(Do ND - www.ndonline.com.br)

PESCA DA TAINHA

 
Foto Fernando Alexandre
 Indústria discorda de estudos para aumentar restrições à pesca da tainha no litoral Sul do Brasil

Armadores de Itajaí argumentam que setor é penalizado desde 208, quando legislação reduziu o número de barcos licenciados para safra

FLORIANÓPOLIS 

A proposta de mudança na legislação, com novas restrições à captura da tainha em mar aberto a partir da safra de 2015, não é compartilhada pelo Sindipi (Sindicato dos Armadores e da Indústria Pesqueira de Itajaí). Criação de cotas por embarcação licenciada, aumento das zonas de exclusão nos corredores migratórios, redução da frota e ampliação do período de defeso são algumas das medidas em estudos pelo GTT (Grupo Técnico da Tainha), formado por representantes dos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente, pescadores artesanais e industriais e cientistas da Univali (Universidade do Vale do Itajaí).


De acordo com o assessor técnico do sindicato, o oceanógrafo Roberto Wahrlich, “o setor industrial é penalizado desde 2008”. Ele se refere à Portaria interministerial 171, baixada naquele ano pelos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente, que reduziu pela metade o número de barcos licenciados anualmente para a tainha (60), criou zonas de exclusão dentro de cinco milhas marinhas no litoral catarinense e dez milhas no Rio Grande do Sul e retardou o início da safra, de abril para 15 de maio.


A tainha, segundo Wahrlich, é a principal alternativa à indústria pesqueira durante a entressafra da sardinha, de 15 de junho a 31 de julho. Outra opção para não deixar parada a metade da frota de traineiras é a antecipação da pesca da anchova.

“É o governo quem decide quem vai ou não pescar. E não se pesca mais porque o número de licenças foi reduzido à metade”, argumenta o oceanógrafo. Warhlich não acredita em esgotamento dos estoques nos estuários do litoral Sul, como indicam pesquisas da FURG (Fundação Universitária do Rio Grande) na Lagoa dos Patos. Em 2013, a indústria catarinense capturou 1.500 toneladas de tainhas, em média 50% a menos do capturado antes de 2008.


NÃO DEU PARA O PÂNTANO DO SUL!

Foto Fabrício Jachowicz / vc repórter - Terra
Canoa 'Nilzete', de 4 Ilhas, vence corrida em Bombinhas

Uma tradicional corrida de embarcações a remo coloriu o mar de Bombinhas, no litoral norte de Santa Catarina, no último domingo. O evento fez parte das comemorações do aniversário de 22 anos da emancipação político-administrativa do município.


De acordo com a prefeitura de Bombinhas, 14 canoas - da própria cidade, de Garopaba e de Florianópolis - participaram da competição neste ano. Ainda segundo o órgão, Bombinhas tem a maior frota de embarcações deste tipo: cerca de 55, algumas delas centenárias. 


Algumas canoas que participam da competição são centenárias Foto: Fabrício Jachowicz / vc repórter

O 14º Festival de Embarcações a Remo começou por volta das 9h e coloriu as águas da praia de Bombinhas. O evento, que reúne pescadores, a comunidade local e turistas interessados em acompanhar as competições, busca exaltar a labuta diária da pesca, bem como o respeito que esses profissionais têm pelo mar.

A disputa foi realizada em três categorias: quatro remos masculino, dois remos masculino e dois remos feminino. Além disso, também houve a competição de Caíco e Caiaque Adulto e Infantil. 

Na categoria quatro remos masculino, a canoa vencedora foi a 'Nilzete', da praia de 4 Ilhas, com os remeiros Edson, Maureci, Israel e Lindomar. 

Comandada pelo patrão Didi Grande e desfalcada de dois de seus remeiros nativos - que não foram liberados pelo Departamento Médico - "Osmarina", a canoa do Pântano do Sul ficou em terceiro lugar na prova. Remaram pelo Pântano os titulares Jesiel e "Sebo", além de dois remeiros "emprestados" lá da praia dos Inglêses.

Em dois remos masculino, o primeiro lugar ficou com a canoa 'Nativa', do centro de Bombinhas, com os remeiros Jackson e Sergio. Na disputa feminina, Alexandra e Durceli levaram a canoa 'Samaria', da praia de Zimbros, ao topo do pódio.

(Do portal Terra - http://noticias.terra.com.br/)
D

PEIXE TROMBETA


Ele é comprido, sua boca quando aberta parece um funil, e quando pescado emite um som que lembra uma corneta. Peixe-trombeta é um nome bem adequado para este peixe.
Fotografado por Alcides Dutra na Ilha do Arvoredo - SC.

terça-feira, 18 de março de 2014

PESCA DA TAINHA


Técnicos do Ministério da Pesca estudam novas regras para safra da tainha no litoral catarinense

Entre as propostas para proteger estoques e preservar pesca tradicional de arrastão de praia estão a ampliação do defeso para setor industrial e criação de zonas de exclusão

FLORIANÓPOLIS 

A ampliação do período de defeso para o frota industrial é uma das alternativas para garantir a recuperação dos estoques e a preservação da tradicional pesca da tainha no litoral catarinense, a partir de 2015. Defendida pelos pescadores artesanais, a proposta ganha apoio de técnicos do Ministério da Pesca e Aquicultura, em Brasília, que estudam também a criação de zonas de exclusão, adoção de cota e redução do número de traineiras licenciadas.

Daniel Queiroz/ND
Primeiro cerco no Campeche em 2013 arrastou 2.000 tainhas 

As medidas restritivas, segundo o biólogo Américo Turnes, são necessárias por causa da característica da pesca da tainha, licenciada exatamente durante o período de desova para reprodução. “Trata-se de uma espécie que atrai pela ova, iguaria consumida no mundo todo, o que torna preocupante”, confirma. Integrante do grupo de estudos da tainha, Turnes defende estudos mais aprofundados dos cardumes, principalmente no estuário da Lagoa dos Patos (RS), antes da adoção definitiva de novo ordenamento para o setor.

A preocupação dos técnicos do Ministério da Pesca, segundo ele, é preservar a prática centenária do cerco de arrasto de praia, com canoas de um pau só a remo, praticada em todo o litoral catarinense. “Há, inclusive, a possibilidade de serem baixadas normas específicas para a espécie, com licenciamento apenas para o setor artesanal e ampliação do defeso para os barcos industriais”, admite Turnes.

Neste caso, a sugestão do diretor de Pesca Industrial do Ministério, Mutuso Asano Filho, é transferir a frota para outras espécies com potencial econômico não ameaçadas pelo esforço excessivo de pesca. Entre estas espécies ele cita peixe sapo, carabineiro e cherne.

Técnicos sugerem defeso diferenciado

Entre os técnicos que integram o Grupo de Estudos da Tainha, em Brasília, é unânime o reconhecimento da importância cultural da pesca artesanal e da preservação dos tradicionais arrastões de praia. “Queremos preservar a história em Santa Catarina”, garante o secretário de Planejamento e Ordenamento do Ministério da Pesca, Flávio Bezerra da Silva.

O prazo para conclusão dos estudos, segundo o assessor jurídico do Ministério Eros Romão, foi prorrogado por 90 dias. Formado também por técnicos do Ministério do Meio Ambiente e por representantes dos pescadores artesanais e indústrias, o grupo deve concluir os trabalhos em junho, em plena safra de 2014, para mudar as regras somente a partir do ano que vem.

A prioridade neste momento, segundo Bezerra da Silva, é compartilhar ações como o Ministério do Meio Ambiente preservar os estoques e evitar conflitos nas comunidades pesqueiras do Estado. O secretário destaca, também, a importância da fiscalização do setor industrial por meio do Preps (Programa de Rastreamento de Embarcações Pesqueiras por Satélite), sistema obrigatório em traineiras com capacidade acima de 20 toneladas de carga.

Presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina e representante da confederação nacional, Ivo Silva vê avanços importantes no grupo de estudos da tainha. Os artesanais, no entanto, sugerem mudanças já para esta safra e a proposta é a mesma do ano passado – antecipar a safra de 15 para 1º de maio e aumento das restrições à frota industrial.

Na Ilha, pescadores à espera dos cardumes

Na praia do Santinho, a 45 quilômetros do centro de Florianópolis, o último fim de semana de verão não foi bom apenas para surfistas e banhistas. Fora d’água, Jair Manoel da Rosa, 62, aproveitou o dia de sol para começar a reformar uma das quatro canoas a remo e remendar as redes de arrasto. A exemplo dos colegas da Colônia Z -11, ele não sabia das novas regras em estudos, em Brasília, para regulamentar a próxima safra de tainha, de maio a julho.

Rosane Lima/ND
No Santinho, Jair Manoel da Rosa já começou a reforma das canoas que vão para o mar a partir de maio

Capataz da maior parelha da praia, ele é responsável pela manutenção e conservação dos petrechos, que serão recadastrados pela Federação dos Pescadores de Santa Catarina para monitoramento da produção. Por determinação do GTT (Grupo Técnico da Tainha), todos os proprietários terão de apresentar documentação das embarcações licenciadas e dos pescadores profissionais regularizados junto ao Ministério da Pesca. Também terão de informar com exatidão a quantidade de peixes capturados.

De acordo com a determinação do Ministério, também serão recadastrados botes utilizados em cercos com redes de caça de malha, simples e anilhadas. A intenção, segundo o presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo Silva, é regulamentar a atividade no litoral catarinense, e impedir a atuação de pescadores não legalziados.

“Há resistência quanto às redes de caça de malha com argola e içadas aos barcos por pequenos guinchos instalados no convés”, explica Silva. Comuns em Ingleses, Barra da Lagoa, Armação e Pântano do Sul, são embarcações antigas, com capacidade para até 12 toneladas, em média, licenciadas para cercar a distâncias de 50 metros do costão, 800 metros da praia e no limite de três milhas náuticas.

Combate à ilegalidade para aumentar produção

Um dos desafios do diretor de Pesca Industrial do Ministério, Mutuso Asano Filho, é o combate à pesca ilegal. Dados da FAO (Fundo das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura) apontam que apenas um quinto do pescado mundial seja legalizado. “A fiscalização mais intensa, por exemplo, permitirá que a produção no Brasil aumente consideravelmente, sem a necessidade de aumentar a captura”, explicou.

A prioridade é o combate à clandestinidade, segundo Asano Filho, que aposta no censo da produção pesqueira nacional para conter as atividades predatórias na costa brasileira. No caso específico da tainha, uma das alternativas é confrontar a produção declara aos ministérios da Pesca e do Meio Ambiente com a quantidade de ovas exportadas, com base nos dados disponibilizados ao Ministério de Comércio Exterior.

Outras ações de governo, como o limite de licenciamento para espécies potencialmente ameaçadas e controle de mercado, estão em fase final de estudos para implementação a partir da safra de 2014. Asano Filho destaca, também, a criação do selo de pesca legal. “É uma forma de garantia de procedência, que desestimula a clandestinidade e é garantia de qualidade ao consumidor”, argumenta.

A pesca não declarada, que ameaça a biodiversidade marinha, também afeta a sustentabilidade social e econômica. No Sul do Brasil, o esgotamento dos cardumes que migram anualmente da Lagoa dos Patos (RS), segundo Asano Filho, deve ser permanentemente monitorado para que a pesca excessiva não comprometa a proteção e recuperação dos estoques. “É preciso saber exatamente quanto sai de tainha dos estuários, quanto é capturado e quanto é desperdiçado durante o processo produtivo. É preciso aprofundar os estudos para preservar os estoques”, observa.

Modernização da frota reduz desperdício

A modernização da frota e dos petrechos utilizados pela frota industrial também são alternativas para aumentar a eficiência do setor pesqueiro nacional. Neste caso, o resultado imediato é a redução dos resíduos e captura de espécies acompanhantes.

Um dos exemplos é o que ocorreu com a frota sardinheira depois da adoção de porões alagados para levar a produção viva para a indústria de beneficiamento. “O produto com melhor aparência, bem manipulado durante o processo produtivo, agrega valor”, explica o diretor de Pesca Industrial.

Técnicos do Ministério da Pesca trabalham, também, na atualização anual das estatísticas e normas de ordenamento, com novas técnicas de manuseio. “Pelo menos 30% do desperdício, é resultado da falta de qualidade no manuseio a bordo das embarcações, tanto na captura como na estocagem”, diz Asano Filho.

Declínio da safra-SC

2006- 1.124 toneladas

2007 – 2.192 toneladas

2008- 923 toneladas

2009 – 1.198 toneladas

2010 – 780 toneladas

2011 – 617 – toneladas

2012 – 420 toneladas

2013 – 1.240 toneladas

Publicado em 17/03/14-14:00

sábado, 15 de março de 2014

FÉ EM DEUS E NA "OSMARINA"


Foto Gil Eanes

Didi Grande, o Patrão da "Osmarina" - Foto Fernando Alexandre
 "Osmarina", uma das quatro canoas da pesca da tainha no Pântano do Sul, da família do Seo Arante, mais uma vez viajou em busca de outros mares. Neste final de semana, no domingo, dia 16, a partir das 8h, ela participa mais uma vez da única competição de canoas a remo de um pau só do Brasil, em comemoração aos 22 anos do município de Bombinhas. 
Campeã da competição já por três anos, este ano "Osmarina" terá como patrão o experiente Didi da Maria Jovita e entre os remeiros já estão confirmados o Jesiel, o Sérginho e o Marcelo.

É HORA DE IR PARA O MAR...

Foto Fernando Alexandre
Pântano do Sul

LÁ DE CIMA

Foto sem crédito

REDES "FANTASMAS" 1

Foto Divulgação

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Diga SIM a uma fiscalização efetiva, com inspensões nuturnas.
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REDE "FANTASMA" 2

Foto Edson Faria Jr
E mais uma vez lá estão elas, silencioasamente esperando pelas próximas vítimas. Um dos verdadeiros terrores dos mares, redes fantasmas. E essa encontrada mais uma vez dentro de uma reserva biológica.

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MULHERES DO MAR





Redes, 
barco e balança para pesar o pescado fazem parte do rancho de Letinha (Foto: Valéria Martins/G1)

Pescadora de SC explica as alegrias do ofício e diz não sofrer preconceito

Nascida no Ribeirão da Ilha, Letinha diz que 'ir para o mar é o suficiente'.
Ela diz que comunidade elogia e acha corajosa a mulher que pesca.

por Joana CaldasDo G1 SC

Redes, barcos, tainhas, curvinas, anchovas, mariscos, ostras e um rancho. Esta é a vida de Marlete Odete da Cunha, conhecida como Letinha, moradora, pescadora e maricultora do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis. Ela pesca há 26 anos e diz nunca ter sofrido preconceito por ser mulher e exercer esse ofício. "Elogiam bastante, acham bonito, corajoso", conta.
Além de pescar e fazer cultivo e ostras e
mariscos, Letinha vende congelados
(Foto: Valéria Martins/G1)

O Ribeirão é localizado no Sul da Ilha de Santa Catarina e é lá que Letinha trabalha no rancho que divide com outros pescadores, em meio às redes, ao barco que tem com o marido e à balança, para pesar os peixes. Atualmente com 55 anos, ela começou a pescar aos 29, quando se casou. O marido, também pescador, foi quem a ensinou não somente as técnicas, mas também as alegrias de se estar em um barco na água.

"Só em ir pro mar já é o suficiente. O mar ajuda a gente a arejar a cabeça. Vir bastante peixe na rede é uma alegria muito grande", descreve Letinha. Na casa em que morava quando criança, a cerca de 1,5 km da residência atual, a menina já tinha o exemplo no próprio lar. O pai era pescador e, na infância, Letinha já fazia tarrafas, um tipo de rede, e gostava de pegar camarão. Mais velha, brinca que, para completar o gosto que já tinha pelo ofício, "casei também com um que gosta de pescar".

Na família, são ela e mais 12 irmãos. Desses, três homens e duas mulheres, incluindo ela, pescam. A especialidade de Letinha e do marido inclui tainhas, curvinas, anchovas, berbigão, siri e o cultivo de ostras e mariscos. E a profissão não é apenas da boca para fora: a catarinense é associada e tem carteirinha do Sindicato do Pescadores do Estado de Santa Catarina (Sindipesca).

Dificuldades
Viver da pesca, porém, não é uma tarefa fácil para a família, que, além do marido, inclui um filho de 30 anos. O que retira do mar, ela vende para peixarias da cidade e restaurantes do próprio Ribeirão. Também aparecem compradores no rancho dela procurando, principalmente, ostras. Contudo, Letinha e o marido possuem também outras fontes de renda.

A pescadora vende congelados para complementar o orçamento da casa. "Faço bolinho de camarão, de peixe, de berbigão", explica. A fonte dos alimentos vem do que é pescado pelo casal, com execeção do camarão, que "aqui, quase não dá", como diz Letinha. Os congelados são vendidos para restaurantes no próprio Ribeirão e em outros de toda a cidade, incluindo a parte continental.

O marido de Letinha trabalha como porteiro de um prédio no Centro de Florianópolis. Apesar da influência em casa, o filho não quis ser pescador. A vida pode ser um pouco difícil, mas, a julgar pelo conhecimento que Letinha tem das redes e do cultivo de ostras e mariscos (veja o vídeo), ela ainda tem muitos anos pela frente como pescadora e maricultora no Ribeirão.

(Do G1 -http://g1.globo.com/sc/santa-catarina)