terça-feira, 22 de outubro de 2013

FISCALIZANDO OS PESCADOS


Qualidade e legitimidade dos pescados vendidos em Florianópolis serão alvo de fiscalização

Código genético de amostras de peixes comercializados na cidade será comparado com um banco de dados de DNA animal

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Letícia Mathias
FLORIANÓPOLIS
    Vendedores de pescados em Florianópolis serão fiscalizados nesta temporada pela secretaria de Pesca e Maricultura, em parceria com o Procon. Entre dezembro e fevereiro técnicos estarão nas ruas para garantir a qualidade de peixes e frutos do mar. Para isso, serão recolhidas amostras para saber se o produto é legítimo. Ou   seja,  a garantia de que o está à venda nas peixarias, supermercados e restaurantes é de fato a espécie procurada.
 Foto Rosane Lima/ND
Os pescados estarão na mira da fiscalização durante o verão
Serão 30 estabelecimentos vistoriados sem data marcada.  A análise acontecerá por meio um sistema conhecido como DNA barcoding (código de barras). O código genético da amostra do peixe recolhido será comparado aos registros de um banco de dados de DNA animal.
A ideia surgiu de uma dissertação de mestrado da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) que avaliou 200 amostras de peixes vendidos na região Sudeste. O estudo apontou que 60% do que é vendido como bacalhau, na verdade se trata de espécies semelhantes.
O secretário adjunto de Pesca e Maricultura, Tiago Frigo, afirmou que muitas vezes essa é uma questão cultural. “O consumidor poderá se informar e para inibir a ação de comerciantes ilegais”, apontou.
O presidente da Federação dos Pescadores de Santa Catarina, Ivo da Silva, disse que ainda precisa se inteirar do procedimento para opinar. “É preciso avaliar de que maneira será aplicado”, afirmou. Os estabelecimentos que tiverem a alteração comprovada receberão multa e podem até ser interditados.

O diretor do Procon Michael da Silva disponibilizará a equipe de fiscalização para a ação. Se o consumidor estiver sendo prejudicado serão aplicadas as penalidades cabíveis, de acordo com o processo administrativo já praticado na cidade que podem chegar a multa e até interdição do estabelecimento.  “É um projeto piloto, mas de suma importância para garantir a segurança do consumidor. Ainda mais nessa época do ano em que esse tipo de produto sofre reajuste e muitas vezes paga-se caro por ele. O consumidor terá certeza de que não está sendo enganado”, assegurou.


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