Foto Piero Ragazzi/ND |
Imagem de homenzinho desenhado no costão norte, venerado por pescadores artesanais de Ingleses até a década de 1948, continua desaparecida
por Edson Rosa
FLORIANÓPOLIS
Algas, cracas marinhas e mariscos incrustados na pedra retirada parcialmente do mar, na última sexta-feira (12), começaram a ser raspados pelo pesquisador Adnir Ramos, 50, e equipe da coordenadoria de meio ambiente do Costão do Santinho Resort. Minucioso, o trabalho é feito lentamente para evitar ranhuras.
Há suspeitas que a lasca contenha o desenho do homenzinho cultuado por pescadores da colônia de Aranhas, em Ingleses, e que tenha sido jogada ao mar pelo arqueólogo padre João Alfredo Rohr, em 1948. Ramos explica que a hipótese foi levantada depois que o professor Paulo Rocha, ex-estagiário de Rohr, teria dito que a pedra retirada do costão norte da praia continha uma pegada humana, não a inscrição rupestre.
“Vamos tentar limpar ao máximo a superfície da pedra que, aparentemente, se encaixa no bloco de onde o santinho foi retirado por Rohr”, diz Ramos. Outros pesquisadores, no entanto, acreditam que a pedra com a imagem do Santinho tenha sido levada para São Leopoldo, no Rio Grande do Sul, em 1970.
“Rohr teria deixado a peça sob cuidados da direção de convento daquela cidade, onde seria mantido em sala fechada por ser considerado demoníaco”, supõe o pesquisador Vitor Cabral Espíndola.
(Do ND - www.ndonline.com.br)
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