Cientista usa câmera submarina para captar imagens de recifes para a função Street View, do Google Maps |
Google incorpora imagens de recife de coral no Street View
Imagens panorâmicas de recifes de coral foram adicionadas aos mapas do Google Street View, permitindo que as pessoas possam explorar paisagens "embaixo d'água".
O material fotográfico foi reunido pelo projeto Catlin Seaview Survey, que estuda a saúde dos recifes e seu impacto no aquecimento global.
O diretor do programa disse que o esforço ajudaria os cientistas a analisar ecossistemas e alertar a comunidade internacional sobre sua preservação.
No entanto, a novidade também é considerada um golpe publicitário para dar vantagem ao Google sobre a competição. O serviço de mapas da empresa vem sendo abandonado por seus parceiros em celulares e tablets.
O Google Street View já tinha imagens do solo submarino geradas por computador, mas é a primeira vez que exibe fotos subaquáticas.
"Queremos ser uma fonte de imagens abrangente que permita que qualquer pessoa explore todos os lugares", disse à BBC Jenifer Foulkes, diretor da seção de oceanos do Street View.
"Este é só o próximo passo para levar os usuários para debaixo da água, oferecendo a experiência de uma área que muitas pessoas já visitaram - vendo tartarugas marinhas, raias, ouriços-do-mar e belos peixes."
Entre os locais adicionados ao serviço, estão a Grande Barreira de Corais da Austrália, os corais da Baía de Hanauma e da Cratera de Molokini e as ilhas Apo, nas Filipinas.
CÂMERAS SUBMARINAS
Os engenheiros do Google deram apoio técnico para o projeto, mas as fotografias e a colagem das imagens foram feitas por cientistas financiados pelo grupo Catlin, uma empresa de seguros internacional baseada nas Bermudas.
Para isso, eles desenvolveram uma câmera com três lentes grande angular, feitas para tirar fotos em alta resolução em ambientes de pouca luz.
O equipamento tirou uma foto de 24 megapixels de cada uma das lentes uma vez a cada quatro segundos para conseguir criar visualizações de 360 graus. O equipamento era operado por mergulhadores e se movia a cerca de 3 km/h.
Segundo Richard Vevers, diretor do projeto, o registro de recifes de coral era 'algo que estava faltando e que é muito necessário. Nós simplesmente não temos registros históricos para monitorar as mudanças em uma escala mais ampla."
"Cientistas de todo o mundo agora poderão estudar os recifes remotamente e ver muito claramente como eles estão mudando."
Estudos anteriores dizem que a poluição, a pesca predatória e mudanças climáticas já causaram sérios danos a muitas destas colônias de vida marinha que se formaram durante milhares de anos.
Para analisar o novo material, pesquisadores do Instituto de Mudança Global da Universidade de Queensland, na Austrália, estão usando um software de reconhecimento de imagem para identificar as criaturas registradas nas fotografias e programas de modelagem em 3D para monitorar como os habitats mudam com o passar do tempo.
GUERRA DOS MAPAS
O lançamento também dá ao Google uma nova oportunidade de promover seus serviços de mapeamento no momento em que seus rivais estão ganhando terreno.
A loja online Amazon fechou recentemente um acordo com a Nokia para usar a tecnologia de mapeamento da empresa finlandesa em seus tablets Kindle Fire. A medida foi considerada um golpe porque os tablets Kindle Fire usam o sistema operacional do google, o Android.
A tecnologia da Nokia também será usada pela Microsoft no sistema do seu Windows Phone 8. E a Apple dispensou o serviço do Google em seu aplicativo de mapas na mais nova versão do sistema operacional iOS para iPhone e iPad.
"Achamos que teria sido melhor que eles mantivéssemos o nosso, mas o que poderíamos fazer? Forçá-los a pensar diferente? A decisão é deles", disse o diretor executivo do Google, Eric Schmidt, em Tóquio, no início da semana.
(Da BBC Brasil - www.bbcbrasil.com.br )
Imagens panorâmicas de recifes de coral foram adicionadas aos mapas do Google Street View, permitindo que as pessoas possam explorar paisagens "embaixo d'água".
O material fotográfico foi reunido pelo projeto Catlin Seaview Survey, que estuda a saúde dos recifes e seu impacto no aquecimento global.
O diretor do programa disse que o esforço ajudaria os cientistas a analisar ecossistemas e alertar a comunidade internacional sobre sua preservação.
No entanto, a novidade também é considerada um golpe publicitário para dar vantagem ao Google sobre a competição. O serviço de mapas da empresa vem sendo abandonado por seus parceiros em celulares e tablets.
O Google Street View já tinha imagens do solo submarino geradas por computador, mas é a primeira vez que exibe fotos subaquáticas.
"Queremos ser uma fonte de imagens abrangente que permita que qualquer pessoa explore todos os lugares", disse à BBC Jenifer Foulkes, diretor da seção de oceanos do Street View.
"Este é só o próximo passo para levar os usuários para debaixo da água, oferecendo a experiência de uma área que muitas pessoas já visitaram - vendo tartarugas marinhas, raias, ouriços-do-mar e belos peixes."
Entre os locais adicionados ao serviço, estão a Grande Barreira de Corais da Austrália, os corais da Baía de Hanauma e da Cratera de Molokini e as ilhas Apo, nas Filipinas.
CÂMERAS SUBMARINAS
Os engenheiros do Google deram apoio técnico para o projeto, mas as fotografias e a colagem das imagens foram feitas por cientistas financiados pelo grupo Catlin, uma empresa de seguros internacional baseada nas Bermudas.
Para isso, eles desenvolveram uma câmera com três lentes grande angular, feitas para tirar fotos em alta resolução em ambientes de pouca luz.
O equipamento tirou uma foto de 24 megapixels de cada uma das lentes uma vez a cada quatro segundos para conseguir criar visualizações de 360 graus. O equipamento era operado por mergulhadores e se movia a cerca de 3 km/h.
Segundo Richard Vevers, diretor do projeto, o registro de recifes de coral era 'algo que estava faltando e que é muito necessário. Nós simplesmente não temos registros históricos para monitorar as mudanças em uma escala mais ampla."
"Cientistas de todo o mundo agora poderão estudar os recifes remotamente e ver muito claramente como eles estão mudando."
Estudos anteriores dizem que a poluição, a pesca predatória e mudanças climáticas já causaram sérios danos a muitas destas colônias de vida marinha que se formaram durante milhares de anos.
Para analisar o novo material, pesquisadores do Instituto de Mudança Global da Universidade de Queensland, na Austrália, estão usando um software de reconhecimento de imagem para identificar as criaturas registradas nas fotografias e programas de modelagem em 3D para monitorar como os habitats mudam com o passar do tempo.
GUERRA DOS MAPAS
O lançamento também dá ao Google uma nova oportunidade de promover seus serviços de mapeamento no momento em que seus rivais estão ganhando terreno.
A loja online Amazon fechou recentemente um acordo com a Nokia para usar a tecnologia de mapeamento da empresa finlandesa em seus tablets Kindle Fire. A medida foi considerada um golpe porque os tablets Kindle Fire usam o sistema operacional do google, o Android.
A tecnologia da Nokia também será usada pela Microsoft no sistema do seu Windows Phone 8. E a Apple dispensou o serviço do Google em seu aplicativo de mapas na mais nova versão do sistema operacional iOS para iPhone e iPad.
"Achamos que teria sido melhor que eles mantivéssemos o nosso, mas o que poderíamos fazer? Forçá-los a pensar diferente? A decisão é deles", disse o diretor executivo do Google, Eric Schmidt, em Tóquio, no início da semana.
(Da BBC Brasil - www.bbcbrasil.com.br )
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