Foto Janine Turco/ND |
Mais de quatro toneladas de tainha foram
capturadas na abertura da temporada de pesca
O primeiro lance do dia foi na praia do Gravatá, Leste da Ilha, entre a Mole e a Joaquina. Entre 6h30 e 7h os pescadores conseguiram recolher cerca de 1.100 tainhas. Ontem (15), outros lances foram registrados nos Ingleses (800), Barra da Lagoa (1.700) e na Pinheira em Palhoça (1.500), totalizando 4.100 tainhas.
Maurílio Nunes, o Dedé, 35 anos, e João Carlos Fernandes, 50, contaram que, no fim da tarde de segunda-feira, o grupo tinha avistado o cardume chegando. Por isso, esperavam por pelo menos um lance na manhã de ontem. Eles se prepararam e, por volta das 5h, foram para o mar.
O cardume foi cercado a 300 metros do costão e após duas horas de trabalho as redes voltaram cheias. “Estamos muito contentes. É um bom começo. Acreditamos que tem cardume para até 10 mil tainhas”, disse Fernandes. Para chegar à praia do Gravatá, se não for de barco, é necessário passar por uma trilha de quase dois quilômetros. Pelo caminho íngreme e irregular, o pescador Everaldo da Rosa, 40, fazia a quarta viagem do dia para levar as tainhas até a estrada geral da Barra da Lagoa.
O peixe é levado a cavalo a outro colega que encaminha para comercialização. Quando o lance passa de duas mil tainhas, o cardume é levado de bote até a Barra da Lagoa e de lá parte para a venda.
Trabalho pesado até 31 de julho
No total, 18 homens trabalham no rancho do Gravatá desde o início do mês. Eles ficam no local até o fim da safra, em 31 de julho. O trabalho começa antes do amanhecer, por volta das 5h, e segue até o anoitecer. Alguns pescadores até dormem por lá.
Para o mar vão apenas 11 homens divididos em duas canoas a remo. Os outros ficam vigiando, preparando o alimento e esperando o retorno dos companheiros para ajudar a recolher e encher os cestos de peixe.
O patrão Dilson Oliveira, 65, nativo da Lagoa da Conceição, é quem fica na popa do barco observando o mar, indicando o local onde está o cardume. Com 52 anos de experiência, ele também acredita que este ano será diferente da última temporada.
“Começamos bem. O primeiro dia já foi de vento sul, que é excelente para a pesca da tainha. No ano passado, só conseguimos pegar no fim de junho. Essa temporada será muito melhor. Vamos ficar até o fim da safra”, afirmou.
Preço varia entre R$ 6 e R$ 8 o quilo
Com a abertura da temporada, o Mercado Público de Florianópolis recebe hoje as tainhas pescadas ontem. Por enquanto, o preço varia de R$ 6 a R$ 8 o quilo. Mas quem quiser o peixe limpo e com ova precisa desembolsar de R$ 10 a R$ 12 o quilo.
O proprietário da peixaria do Chico, Marcelo Jacques, 41 anos, acredita que o preço pode cair de 30% a 40% nos próximos dias. “Vai depender da quantidade de tainha que chegar ao Mercado. Se a safra for boa, o preço ficará cada vez mais baixo”, disse.
O Mercado fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 19h. No sábado, das 8h às 13h. Nenhuma peixaria aceita cartão de débito ou crédito.
(Publicado no Notícias do Dia em 15/05-23:13 e atualizado em 15/05-23:48)
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capturadas na abertura da temporada de pesca
Letícia Mathias
A abertura oficial da temporada da tainha foi de vento sul e boas expectativas para os próximos 75 dias em Florianópolis. Foram capturadas mais de quatro toneladas de tainha no primeiro dia de pesca. Motivados, os pescadores acreditam que esta temporada será melhor do que a do ano passado, considerada difícil por eles. O primeiro lance do dia foi na praia do Gravatá, Leste da Ilha, entre a Mole e a Joaquina. Entre 6h30 e 7h os pescadores conseguiram recolher cerca de 1.100 tainhas. Ontem (15), outros lances foram registrados nos Ingleses (800), Barra da Lagoa (1.700) e na Pinheira em Palhoça (1.500), totalizando 4.100 tainhas.
Maurílio Nunes, o Dedé, 35 anos, e João Carlos Fernandes, 50, contaram que, no fim da tarde de segunda-feira, o grupo tinha avistado o cardume chegando. Por isso, esperavam por pelo menos um lance na manhã de ontem. Eles se prepararam e, por volta das 5h, foram para o mar.
O cardume foi cercado a 300 metros do costão e após duas horas de trabalho as redes voltaram cheias. “Estamos muito contentes. É um bom começo. Acreditamos que tem cardume para até 10 mil tainhas”, disse Fernandes. Para chegar à praia do Gravatá, se não for de barco, é necessário passar por uma trilha de quase dois quilômetros. Pelo caminho íngreme e irregular, o pescador Everaldo da Rosa, 40, fazia a quarta viagem do dia para levar as tainhas até a estrada geral da Barra da Lagoa.
O peixe é levado a cavalo a outro colega que encaminha para comercialização. Quando o lance passa de duas mil tainhas, o cardume é levado de bote até a Barra da Lagoa e de lá parte para a venda.
Trabalho pesado até 31 de julho
No total, 18 homens trabalham no rancho do Gravatá desde o início do mês. Eles ficam no local até o fim da safra, em 31 de julho. O trabalho começa antes do amanhecer, por volta das 5h, e segue até o anoitecer. Alguns pescadores até dormem por lá.
Para o mar vão apenas 11 homens divididos em duas canoas a remo. Os outros ficam vigiando, preparando o alimento e esperando o retorno dos companheiros para ajudar a recolher e encher os cestos de peixe.
O patrão Dilson Oliveira, 65, nativo da Lagoa da Conceição, é quem fica na popa do barco observando o mar, indicando o local onde está o cardume. Com 52 anos de experiência, ele também acredita que este ano será diferente da última temporada.
“Começamos bem. O primeiro dia já foi de vento sul, que é excelente para a pesca da tainha. No ano passado, só conseguimos pegar no fim de junho. Essa temporada será muito melhor. Vamos ficar até o fim da safra”, afirmou.
Preço varia entre R$ 6 e R$ 8 o quilo
Com a abertura da temporada, o Mercado Público de Florianópolis recebe hoje as tainhas pescadas ontem. Por enquanto, o preço varia de R$ 6 a R$ 8 o quilo. Mas quem quiser o peixe limpo e com ova precisa desembolsar de R$ 10 a R$ 12 o quilo.
O proprietário da peixaria do Chico, Marcelo Jacques, 41 anos, acredita que o preço pode cair de 30% a 40% nos próximos dias. “Vai depender da quantidade de tainha que chegar ao Mercado. Se a safra for boa, o preço ficará cada vez mais baixo”, disse.
O Mercado fica aberto de segunda a sexta, das 8h às 19h. No sábado, das 8h às 13h. Nenhuma peixaria aceita cartão de débito ou crédito.
(Publicado no Notícias do Dia em 15/05-23:13 e atualizado em 15/05-23:48)
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