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Supermercado não venderá mais peixe "insustentável"
A rede de supermercados americana Whole Foods anunciou que irá parar de vender peixes e frutos do mar capturados de forma insustentável.
A medida terá início a partir do dia 22 de abril, no Dia da Terra. A gigante dos supermercados orgânicos seguirá uma lista de indicação de espécies ameaçadas criada pelo Blue Ocean Institute (Instituto Oceano Azul), organização do Aquário da Baía de Monterey, na Califórnia.
Na relação, as espécies são classificadas em uma paleta de cores. A cor vermelha indica animais em perigo, sejam envolvidos em capturas acidentais (bycatch, em inglês), que vivam em regiões já exauridas pela sobrepesca ou que apresentam métodos de cultivo prejudiciais para o ambiente.
Alguns dos frutos do mar classificados com essa cor e que não serão mais encontrados nas prateleiras do supermercado serão os polvos, o alabote-do-atlântico e o bacalhau-do-atlântico, este último normalmente capturado por redes de arrasto, uma forma de pesca predatória que pode destruir habitats. Como alternativas, a empresa vai oferecer bacalhau capturado com varas de pescar e alabote-do-pacífico.
"No longo prazo, o que nós realmente estamos tentando fazer é ajudar a reverter os métodos de sobrepesca e captura acidental, para que possamos mover a indústria como um todo para uma grande sustentabilidade", afirma a coordenadora de qualidade de frutos do mar da Whole Foods, Carrie Brownstein.
Os preços no varejo podem tornar-se mais altos em alguns casos, já que alguns fornecedores mais sustentáveis tem rendimentos menores sobre seus produtos.
REAÇÃO EM CADEIA
Outras redes de supermercados americanas também passaram a adotar a compra consciente, a medida que os consumidores tornaram-se mais preocupados com a origem do alimento que estão consumindo.
As mudanças começam a aparecer aos poucos. Em 2008, quando o Greenpeace publicou um guia de consumo sustentável em supermercados, todos os 20 grupos pesquisados naquele ano pela ONG foram reprovados. Em 2011, apenas cinco falharam, afirma John Hocevar, diretor da campanha do oceano do grupo. "É impressionante ver que isso era um problema que não estava no radar da maioria dessas companhias e, com nosso encorajamento e de outros, eles realmente tomaram partido", disse.
Apesar disso, a grande quantidade de grupos privados emitindo certificações pode confundir os consumidores. Algumas das opções de peixes e frutos do mar da Whole Foods, além do novo sistema de cores, continuarão recebendo a classificação do Marine Stewardship Council, que mantém um sistema de certificação para empresas de pesca sustentáveis.
Camarão, salmão e outros frutos do mar cultivados em fazendas levam ainda outro sistema de rotulagem. Hocevar diz que a quantidade exagerada de selos pode confundir os consumidores. É por isso que o Greenpeace solicita urgência para que os supermercados vendam apenas produtos sustentáveis.
(DA ASSOCIATED PRESS)
A rede de supermercados americana Whole Foods anunciou que irá parar de vender peixes e frutos do mar capturados de forma insustentável.
A medida terá início a partir do dia 22 de abril, no Dia da Terra. A gigante dos supermercados orgânicos seguirá uma lista de indicação de espécies ameaçadas criada pelo Blue Ocean Institute (Instituto Oceano Azul), organização do Aquário da Baía de Monterey, na Califórnia.
Na relação, as espécies são classificadas em uma paleta de cores. A cor vermelha indica animais em perigo, sejam envolvidos em capturas acidentais (bycatch, em inglês), que vivam em regiões já exauridas pela sobrepesca ou que apresentam métodos de cultivo prejudiciais para o ambiente.
Alguns dos frutos do mar classificados com essa cor e que não serão mais encontrados nas prateleiras do supermercado serão os polvos, o alabote-do-atlântico e o bacalhau-do-atlântico, este último normalmente capturado por redes de arrasto, uma forma de pesca predatória que pode destruir habitats. Como alternativas, a empresa vai oferecer bacalhau capturado com varas de pescar e alabote-do-pacífico.
"No longo prazo, o que nós realmente estamos tentando fazer é ajudar a reverter os métodos de sobrepesca e captura acidental, para que possamos mover a indústria como um todo para uma grande sustentabilidade", afirma a coordenadora de qualidade de frutos do mar da Whole Foods, Carrie Brownstein.
Os preços no varejo podem tornar-se mais altos em alguns casos, já que alguns fornecedores mais sustentáveis tem rendimentos menores sobre seus produtos.
REAÇÃO EM CADEIA
Outras redes de supermercados americanas também passaram a adotar a compra consciente, a medida que os consumidores tornaram-se mais preocupados com a origem do alimento que estão consumindo.
As mudanças começam a aparecer aos poucos. Em 2008, quando o Greenpeace publicou um guia de consumo sustentável em supermercados, todos os 20 grupos pesquisados naquele ano pela ONG foram reprovados. Em 2011, apenas cinco falharam, afirma John Hocevar, diretor da campanha do oceano do grupo. "É impressionante ver que isso era um problema que não estava no radar da maioria dessas companhias e, com nosso encorajamento e de outros, eles realmente tomaram partido", disse.
Apesar disso, a grande quantidade de grupos privados emitindo certificações pode confundir os consumidores. Algumas das opções de peixes e frutos do mar da Whole Foods, além do novo sistema de cores, continuarão recebendo a classificação do Marine Stewardship Council, que mantém um sistema de certificação para empresas de pesca sustentáveis.
Camarão, salmão e outros frutos do mar cultivados em fazendas levam ainda outro sistema de rotulagem. Hocevar diz que a quantidade exagerada de selos pode confundir os consumidores. É por isso que o Greenpeace solicita urgência para que os supermercados vendam apenas produtos sustentáveis.
(DA ASSOCIATED PRESS)
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