Os mergulhadores do projeto Barra Sul vão mostraram hoje, quinta-feira, no Iate Clube Veleiros da Ilha, no Centro da Capital, as peças retiradas de um navio naufragado no Sul da Ilha, provavelmente em 1583.
Foram encontrados uma pedra triangular com inscrições em latim e citando o rei Felipe II da Espanha; uma pedra quadrada esculpida em alto relevo com o escudo das armas da Espanha; e dois ornamentos em formato de bolas. Alguns destes achados indicam a época do naufrágio.
Outros objetos, como canhões e âncoras vão continuar enterrados no mar do Sul da Ilha.
As peças serão encaminhadas ao Laboratório de Arqueologia da Unisul para dessalinização e higienização. Com apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação do Estado de Santa Catarina (Fapesc), há quase seis anos o projeto pesquisa naus naufragadas no litoral de Santa Catarina.
História
O Projeto Barra Sul pesquisa uma área de 400 quilômetros quadrados, alcançando as praias de Naufragados, Ponta do Papagaio, Praia do Sonho e Pântano do Sul.
Entre os séculos XVI e XVII, essa região era considerada um ponto estratégico de abastecimento para os navegadores que serviam aos reinos de diversos países europeus e seguiam rumo ao Rio da Prata. É considerada até hoje o maior santuário de galeões naufragados no Brasil.
— Quando eles adentravam a baía Sul para se abastecerem de provisões, eram surpreendidos com a geografia acidentada do leito marinho e muitas vezes pegavam até mesmo um inesperado vento Sul, e naufragavam — relata Gabriel Corrêa, diretor do Projeto Barra Sul.
Os mergulhadores já localizaram também uma outra âncora, mais afastada, que possivelmente pertence a um outro naufrágio, mais antigo. Há possibilidade de possibilidade de pertencer a outros navegadores, como Juan Dias Solis (1516) e Sebastian Cabotto (1526).
(Com informações do DC - www.diario.com.br )
Reportagem da UnisulTV sobre o projeto.
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