sábado, 14 de maio de 2011

CABEÇUDA VIAJANTE

Foto Projeto Tamar
Depois de quase 5 meses de viagem - 145 dias - a tartaruga Cabeçuda macho que quase morreu em novembro do ano passado em Santa Catarina, já percorreu 5,3 mil quilômetros, o que equivale a sete viagens entre Florianópolis e São Paulo. O animal parece ter "fixado residência" no Litoral do Rio Grande do Sul. Com um aparelho GPS colado em seu casco, a tartaruga de mais de cem quilos é vigiado pelos biólogos do Projeto Tamar desde que saiu da costa catarinense. A aferição dos dados mais recente, mostra que ela está perto da cidade de Rio Grande, a 665 quilômetros de Florianópolis, mantendo-se na região das últimas pesquisas. O principal motivo é a concentração de crustáceos no local durante esta época do ano, que servem de alimento. Segundo os biólogos do Projeto Tamar agora ela começa a sinalizar uma mudança, indo mais ao norte, buscando águas mais quentes. Na próxima semana devemos confirmar se esta foi uma saída ocasional ou um comportamento natural - conta o biólogo Gustavo Stahelin, coordenador técnico do Projeto Tamar, base Barra da Lagoa. A observação é baseada nos dados enviados pelo GPS, que tem transmissão via satélite, no último dia 8. Graças ao equipamento, os biólogos conseguem acompanhar os hábitos, o trajeto e outras informações sobre o animal.
- Nós não tínhamos dados precisos do comportamento do macho adulto da espécie, apenas fêmeas e jovens. E, por enquanto, podemos concluir que os padrões são similares, com ações bastante semelhantes - afirma Gustavo. Às 9h30min do dia 18 de dezembro, bem disposta e com a caixinha do GPS nas costas, a tartaruga partiu da Praia da Barra da Lagoa em direção aos Ingleses, em Florianópolis. Chegou perto da Reserva do Arvoredo, onde ficou por cerca de dois dias, e seguiu viagem. Fez rápidas paradas na Praia do Rosa, em Imbituba, e em Laguna, no Sul de SC, até entrar no RS por Torres. Seguiu até a cidade de Rio Grande, onde passou aparentemente ilesa pelas redes e anzóis das embarcações do Porto de Rio Grande. (Com informações do Projeto Tamar e DC - www.diario.com.br )

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