Foto DC
Os privilegiados que fazem suas caminhadas diárias no entorno da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, viram o pescoço quando passam em determinado trecho. Na água, 106 pedras cobertas de limo formam a palavra “Brasil”. O cenário enche os olhos e parece desejar boas vindas ao verão.
Assim como encanta, a palavra também intriga. Ninguém sabe quem é o responsável. Alguns moradores suspeitavam da casa da Avenida das Rendeiras que fica em frente. O morador Gustavo Pinto Cordeiro, 29 anos, nega que a “obra” tenha sido dele. Diz que quando mudou para a Lagoa da Conceição, em dezembro de 2009, as pedras já estavam na água:
– Bem que eu queria ser o autor, mas a ideia não foi minha.
Toda vez que abre o portão de casa o morador se depara com a palavra. A rotina serviu para perceber que, quando a maré baixa, alguém arruma as pedras que foram empurradas para o lado pela água. Gustavo também reparou que o respeito é total e ninguém estraga.
Márcio Salésio, 36 anos, tem casa nas imediações e criou outra teoria para explicar a longevidade da palavra. Ele acredita que funcionários do John Bull Pub, bar vizinho à casa de Gustavo, fazem a manutenção da obra, como alguns moradores se referem à palavra.
Como o “Brasil” foi parar dentro da Lagoa da Conceição? Vamos acabar com o mistério: um turista criativo teve a ideia e os empregados da casa noturna se encarregam de preservar.
Já dizia Chacrinha: tudo se copia. Não demorou para outras palavras aparecerem. Com um pouco de dificuldade, é possível distinguir “Luana”, “Marina” e “te amo” no fundo d’água. Um coração em que cabem duas pessoas deitadas também. Outras palavras são impossíveis de decifrar. A degradação ocorre porque nenhuma delas conquistou as pessoas que mantêm o “Brasil” intacto.
(De Felipe Pereira, no www.diario.com.br de hoje)
sábado, 20 de novembro de 2010
PAÍS SUBMERSO
Foto DC
Os privilegiados que fazem suas caminhadas diárias no entorno da Lagoa da Conceição, em Florianópolis, viram o pescoço quando passam em determinado trecho. Na água, 106 pedras cobertas de limo formam a palavra “Brasil”. O cenário enche os olhos e parece desejar boas vindas ao verão.
Assim como encanta, a palavra também intriga. Ninguém sabe quem é o responsável. Alguns moradores suspeitavam da casa da Avenida das Rendeiras que fica em frente. O morador Gustavo Pinto Cordeiro, 29 anos, nega que a “obra” tenha sido dele. Diz que quando mudou para a Lagoa da Conceição, em dezembro de 2009, as pedras já estavam na água:
– Bem que eu queria ser o autor, mas a ideia não foi minha.
Toda vez que abre o portão de casa o morador se depara com a palavra. A rotina serviu para perceber que, quando a maré baixa, alguém arruma as pedras que foram empurradas para o lado pela água. Gustavo também reparou que o respeito é total e ninguém estraga.
Márcio Salésio, 36 anos, tem casa nas imediações e criou outra teoria para explicar a longevidade da palavra. Ele acredita que funcionários do John Bull Pub, bar vizinho à casa de Gustavo, fazem a manutenção da obra, como alguns moradores se referem à palavra.
Como o “Brasil” foi parar dentro da Lagoa da Conceição? Vamos acabar com o mistério: um turista criativo teve a ideia e os empregados da casa noturna se encarregam de preservar.
Já dizia Chacrinha: tudo se copia. Não demorou para outras palavras aparecerem. Com um pouco de dificuldade, é possível distinguir “Luana”, “Marina” e “te amo” no fundo d’água. Um coração em que cabem duas pessoas deitadas também. Outras palavras são impossíveis de decifrar. A degradação ocorre porque nenhuma delas conquistou as pessoas que mantêm o “Brasil” intacto.
(De Felipe Pereira, no www.diario.com.br de hoje)
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