domingo, 3 de outubro de 2010

DE OLHO NO FUNDO DO MAR

Fotos Univali CENSO DA VIDA MARINHA
Programa envolveu 80 países e 17 projetos, inclusive da Univali, de Itajaí, em 10 anos de uma gigantesca pesquisa.
Um retrato do que viveu, do que vive e viverá em todos os reinos do oceano. É o resultado da pesquisa de 540 expedições, que durou 10 anos, e teve a participação de pelo menos 2,7 mil cientistas do mundo inteiro, inclusive de pesquisadores catarinenses. Os esforços para mostrar que é possível fazer um levantamento global da vida no oceano tiveram a participação da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), de Santa Catarina. O programa Censo da Vida Marinha será apresentado e debatido ao vivo por pesquisadores do mundo nesta segunda-feira, em Londres, a partir das 16h30min. A coletiva será transmitida pelo endereço eletrônico www.coml.org. A equipe de 25 cientistas de SC, coordenada pelo oceanógrafo José Angel Alvarez Perez, do Centro de Ciências Tecnológicas da Terra e do Mar (CTTMar), integrou o projeto Mar-Eco em 2006. Os pesquisadores estudaram e analisaram os padrões e o processo da diversidade da Cordilheira Meso-oceânica do Atlântico Sul, considerado um dos ambientes profundos mais remotos da Terra. Os biólogos marinhos, geólogos e oceanógrafos catarinenses percorreram 4,3 mil quilômetros da cadeia de montanhas submarinas, desde a Islândia até a Antártica. Foram três anos de coleta de amostras da biodiversidade em profundidades que variaram de mil a 3 mil metros. Maior proteção da biodiversidade marinha Os resultados do mapeamento do oceano devem ajudar as nações e as convenções internacionais a nortear estratégias para uma maior proteção da biodiversidade marinha, desde bactérias, golfinhos e até baleias. Para capturar os organismos que vivem no fundo do mar, os pesquisadores usaram uma draga, que também colheu amostras de sedimentos do oceano. Os cientistas utilizaram, ainda, redes para deter animais e levá-los à superfície. O material coletado por brasileiros, uruguaios, neozelandenes e russos foi catalogado e está sendo estudado para ser depois revelado.
(Matéria de Vanessa Campos, no DC de hoje, 3/10/2010) http://www.diario.com.br/

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