Foto Divulgação
O corpo da baleia jubarte, que morreu encalhada na praia de Capão Novo, passou a noite dentro do mar e por volta das 7h desta sexta-feira, uma retroescavadeira da prefeitura de Capão da Canoa começou puxar o animal até um ponto na areia, onde será realizada necropsia. A análise deverá ajudar a identificar a causa da morte e o motivo que fez com que a jubarte ficasse presa nesse ponto do litoral gaúcho.
Segundo o coordenador do centro de pesquisas do Instituto Baleia Jubarte, Milton Marcondes, ao mesmo tempo em que o corpo for sendo cortado, as equipes irão enterrar as partes em uma área na areia além da linha da maré, em buracos bastante profundos, para que não haja risco de contaminação. O veterinário salienta que a ossada será preservada.
— O pessoal do Ceclimar pediu para ficar com a ossada, para depois montar o esqueleto. A carcaça ficará dentro do mar até a manhã de sexta por causa da temperatura da água, que ajuda na preservação. E o procedimento será de ir cortando o corpo para necropsia, enquanto as partes serão enterradas na areia — explicou Marcondes.
De acordo com o veterinário, a morte da baleia jubarte foi confirmada por volta das 18h. Mesmo depois do anúncio, cerca de meia hora antes, as equipes ainda ficaram verificando os sinais vitais. — Nós percebemos que ela parou de respirar. Mas a baleia, dentro da água, chega a ficar até 15 minutos nessa condição. Então eu tive que me aproximar da cabeça e fazer um teste encostando a mão no olho da baleia. Depois que constatamos que não havia reflexo, fechando ou mexendo o olho, eu tive certeza que havia morrido — relatou Milton Marcondes.
Tristeza e aprendizado
As operações para tentar salvar a baleia mobilizaram equipes de diversos órgãos ambientais, pesquisadores, estudantes e populares. A jubarte de 25 toneladas e cerca de 11 metros encalhou no Litoral Norte no final de semana. Os biólogos conseguiram soltar o animal na terça-feira, mas ela voltou à beira da praia no dia seguinte, provavelmente por estar fraca e debilitada.
O veterinário Milton Marcondes conta que o resgate bem sucedido é raro, mas essa operação foi um bom exemplo de como proceder em futuros casos.
— A tristeza era nítida no rosto de todos que participaram. Mas ao mesmo tempo todos ficaram satisfeitos porque tudo foi feito. A sensação era de gratificação pelo esforço. Eles conseguiram salvar em um primeiro momento, o que já é uma coisa rara. Cada vez que isso acontece, nós avançamos um pouco em relação a esse tipo de experiência. É uma tristeza, mas um aprendizado para os próximos salvamentos — destacou o pesquisador do Instituto Baleia Jubarte.
(Com informações do http://www.clicrbs.com.br/ e do http://www.dapraianews.com.br/ )
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