sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

MARES DE PORTUGAL


porquê contar

começa um ano 
continua o tempo

por sobre a areia
nem pegadas
que o vento

das gentes pó
a areia o mar
a memória

fica o retrato a falar
do que perdi a conta

tempo houve em que
era assim
ainda é ainda é ainda

não conto nada
registo o que posso

(torreira; século XX)

o carregar das redes para secarem ao sol






Nenhum comentário: