domingo, 10 de maio de 2020

TAINHAS DO EGITO!



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Aquicultura e produção de rações e peixes no Egito

O Egito é o maior produtor de tainha (Mugil cephalus) do mundo e também um dos maiores produtores mundiais de tilápia-do-Nilo!

Terceiro lugar na lista dos artigos científicos mais baixados da revista Aquaculture (Elsevier) nos últimos 90 dias, o Artigo “Value chain analysis of the aquaculture feed sector in Egypt”, de El-Sayed e colaboradores (v. 437, fevereiro de 2015, p. 92-101), mapeou e analisou a indústria de rações no Egito.

Peraí… A primeira pergunta que vem em mente é se a aquicultura do Egito é tão expressiva assim a ponto deste artigo ser bastante “requisitado”? A resposta é sim!

Em 1992, o Egito produzia apenas 64 mil toneladas de peixes, o equivalente hoje aos estados brasileiros de Rondônia ou São Paulo. Em 20 anos, sua produção piscícola aumentou para 1 milhão de toneladas (2012), o que representa 74% do total da aquicultura egípcia. Neste mesmo período, a área de cultivo ampliou de 42 mil para 120 mil hectares. Sim, eles produzem mais peixes que o Brasil, bem mais…

O Egito é o maior produtor de tainha (Mugil cephalus) do mundo e também um dos maiores produtores mundiais de tilápia-do-Nilo, e detalhe importante: lá as tilápias são nativas! No total, o país cultiva 14 diferentes espécies de peixes e duas espécies de crustáceos, sendo 10 espécies nativas e 6 exóticas. As carpas chinesas também têm destaque no Egito (70 mil ton./ano).

Os principais resultados do artigo científico mostraram que a indústria de rações no Egito é relativamente simples e congrega somente quatro principais grupos produtores. Eles são compradores de insumos, produtores de ração, beneficiadores de pescado, atuam no mercado e ainda engordam os próprios peixes.

De 50 a 99% dos ingredientes das rações produzidas no Egito são importados. Cerca de 90% das rações são produzidas pelo setor privado, onde 80-85% são peletizadas e somente de 15 a 20% são extrusadas (quem sabe uma oportunidade para fabricantes de extrusoras?). Aproximadamente 85% das rações são vendidas diretamente para os produtores e apenas 15% para atacadistas.

Com relação à empregabilidade, a média é de 3,9 empregos para cada 1.000 toneladas de ração produzida. Apenas 10% das fábricas de ração são estatais e nelas a taxa é de 90,3 empregos para cada 1.000 toneladas produzidas. Brasil? Não, Egito!

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