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Gravura Hans Staden - 1526 |
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Foto Andrea Ramos - 2011 |
Esta forma de pesca artesanal ainda é praticada anualmente por centenas de comunidades pesqueiras do Brasil, do Espírito Santo ao Rio Grande do Sul.
E talvez seja uma das últimas atividades realizadas coletivamente pelas comunidades, capaz de reunir espontaneamente homens, mulheres e crianças neste ritual de pesca e de peixe, formando elos de socialização e convívio que muitas vezes se julgavam perdidos.
No litoral de Santa Catarina esta tradição, herdada dos ancestrais indígenas, ainda se mantém intacta em suas características e calcula-se que mais de 20 mil pescadores, entre artesanais e industriais, estão envolvidos diretamente com a pesca da tainha no Estado.
Em quase todas as praias deste litoral a população vive e respira, nos meses de maio, junho e julho, a expectativa e a chegada dos cardumes, que saem da Lagoa dos Patos, no Rio Grande do Sul, e dos estuários do Rio da Prata, na Argentina e Uruguai, em busca de águas mais quentes para a desova.
Apesar de alguns aspectos da pesca de arrasto variarem de região para região, o jeito de pescar e as etapas são os mesmos: o cardume (a manta) de peixes é avistado, cercado pelas canoas e arrastado para a praia, onde é feita a divisão entre os pescadores e a comunidade.
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