quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

JACK O MARUJO

Resultado de imagem para tempestade no mar

- Quais nossas chances? gritou o Grumete no meio da tempestade.
- Nenhuma, disse Jack o Marujo

MARES DE PORTUGAL


o jogo da vida

o movimento exacto
da pedra certa
é sabedoria de jogador

de nós as malhas feitas
a rede cresce

no movimentos exacto
na arte do mestre
a sobrevivência da companha

a vida também se joga

(torreira; 2013)

(Do ahcravo )

FESTA NO MAR

Foto Tiago Ghizoni / Diário Catarinense

Sul da Ilha homenageia Nossa Senhora dos Navegantes com procissão pelo mar 

Evento religioso na Caieira da Barra do Sul, em Florianópolis, acontece neste domingo (3 de fevereiro), a partir das 10h

Por Redação Hora
nsctotal@somosnsc.com.br 

A comunidade da Caieira da Barra do Sul, no sul da Ilha, se prepara para os festejos em homenagem a Nossa Senhora dos Navegantes, padroeira dos marinheiros e pescadores, neste fim de semana (2 e 3 de fevereiro). O ponto alto da festa acontece no domingo com a procissão de barcos a partir das 10h.

Seu Osnildo Mário Dias, de 72 anos, um dos organizadores da festa, conta que foi a família dele doou, há muitos anos, a santa que é louvada durante a procissão e até hoje ele ajuda a manter a tradição. 

— A nossa expectativa é muito boa, a festa é muito bonita e esperamos que dê bastante embarcação. Já fazemos de manhã porque nesta época geralmente dá trovoada à tarde. Toda a comunidade está convidada a participar das festividades — diz.

Os festejos iniciam às 19h de sábado, com missa e festa na capela de São João Batista, na Rodovia Baldicero Filomeno, 1.900. No domingo, a procissão parte da igreja e segue pela estrada até a Praia Grande, onde as embarcações aguardam enfeitadas para dar início ao trajeto pelo mar, que segue pela costa em direção ao ponto mais extremo do sul da ilha, próximo à praia de Naufragados. Depois eles retornam à igreja. 

A expectativa é receber mais de 30 barcos — ano passado foram 23. A procissão leva entre 30 e 40 minutos.

quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

MAR DE MUCURIPE

Clique do Chico Albuquerque - 1950

LÁ & CÁ



MAR DE CAIÇARA
Caiçara de Toque Toque Pequeno luta para não perder suas terras e pede socorro às autoridades!

TARTARUGANDO

Ninho de tartaruga (Foto: Projeto Tamar, Divulgação)

Terceiro ninho de tartaruga marinha aparece em Bombinhas

Por Dagmara Spautz

Técnicos do Projeto Tamar tiveram uma grata surpresa na segunda-feira em Bombinhas. Pela manhã, encontraram o terceiro ninho de tartaruga-cabeçuda na Praia de Canto Grande. É o maior número já registrado em SC.

Caiame Nascimento, que monitora as inusitadas desovas, diz que se trata da mesma tartaruga que fez os outros dois ninhos. O local foi cercado, para que não haja dano aos filhotes.



Ninho cercado(Foto: Divulgação Projeto Tamar)

Estudo

O primeiro ninho de tartaruga-cabeçuda identificado em Canto Grande, no mês de dezembro, não tinha filhotes. Os ovos, aparentemente, não chegaram a ser fecundados. Foram levados para pesquisadores, em Florianópolis, que vão identificar se chegou a haver algum embrião nos ovinhos.
(Do ttps://www.nsctotal.com.br/)

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

MÃOS DE MAR


da mãe e do filho

entre o filho da mãe
e a mãe do filho

é tudo uma questão
de gerações

se insulto o filho
é a mãe nele

no filho da mãe


(torreira; 2016)

NA LULA

Foto Fernando Alexandre
Os grandes cardumes de Lulas ainda não chegaram ao Pântano do Sul este ano.Mas algumas embarcações já estão conseguindo pegar alguns quilos das desejadas deste verão!

segunda-feira, 28 de janeiro de 2019

MAR DE MERDA

Praia Central de Balneário Camboriú (Foto: Luiz Carlos Souza)

Toda a extensão da Praia Central de Balneário Camboriú está imprópria para banho

Por Dagmara Spautz

Os 10 pontos de coleta de amostras de água do mar na Praia Central de Balneário Camboriú trouxeram um resultado alarmante na última análise de balneabilidade do Instituto do Meio Ambiente (IMA). Todos estão impróprios para banho, de acordo com os parâmetros do órgão ambiental. 


A água analisada foi coletada no dia 21 de janeiro, segunda-feira passada. Diferente da coleta da semana anterior, que também trouxe índices preocupantes de balneabilidade, desta vez não havia chovido forte um dia antes. 

Um ponto é considerado impróprio para banho pelo IMA quando três, das últimas cinco análises, têm uma quantidade de coliformes fecais acima do aceitável. Os parâmetros são os mesmos para todo o país, estabelecidos por meio de resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).

Ter toda a extensão da Praia Central imprópria para banho é um problema sério para o turismo em Balneário Camboriú _ que, como o restante do Litoral catarinense, sofre com a falta de turistas argentinos neste verão. As únicas praias que receberam sinal verde para o banho de mar foram as agrestes _ Taquaras, Estaleiro e Estaleirinho.
Mais coletas

O secretário municipal de Meio Ambiente, Ike Gevaerd, diz que a análise contratada pela Empresa Municipal de Água e Saneamento (Emasa), feita em paralelo à do órgão estadual, trouxe apenas um ponto impróprio, na saída do Rio Marambaia, no Pontal Norte. A coleta foi feita na quarta-feira, dois dias depois do IMA.

A prefeitura deve pedir ao órgão estadual uma reunião para alterar o modelo de coleta e análise semanal. 

_ Nossa sugestão é que façam mais coletas, ou pelo Estado ou pelo município. Não queremos dizer com isso que o IMA está errado, mas não podemos ficar cinco semanas aguardando (mudança na classificação) _ afirma o secretário. 

A ideia é que, com mais coletas, o período de comparação para estabelecer se o local está ou não apropriado para o banho de mar passe a ser mais curto.

Balneário Camboriú é a única cidade do Estado que tem análise de balneabilidade feita pelo IMA durante o ano todo, semanalmente. O monitoramento intensivo foi uma determinação judicial.

​(Do https://www.nsctotal.com.br/)

MAREGRAFIAS

Foto Fernando Alexandre

MAR DO TASSO CLAUDIO SCHERER

Foto Tasso Claudio Scherer



domingo, 27 de janeiro de 2019

MAR DE VERÃO

Foto Fernando Alexandre

COMIDA DE ENGENHO


👩‍🍳📒O livro Receitas de Engenho saiu do forno!

As deliciosas oficinas da campanha #EngenhoéPatrimônio agora estão eternizadas nas páginas do também delicioso livro “Comida de Engenho: celebrando histórias à mesa”. Um projeto lindo realizado através do edital Elisabete Anderle, da Fundação Catarinense de Cultura, que não traz apenas receitas de engenho, mas um pouco sobre a história e cultura alimentar de Santa Catarina.

E como o que é bom merece ser compartilhado, o livro pode ser acessado online na plataforma do Issuu pelo link: https://bit.ly/2HtQsfG. Alguns exemplares serão distribuídos nas bibliotecas das comunidades com as quais trabalhamos o tema e outros serão doados à Fundação Catarinense de Cultura.

Para quem quiser ter o livro em mãos ou presentear alguém querido, temos edições na sede do Cepagro - Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo e sugerimos uma contribuição espontânea. O dinheiro arrecadado vai custear o encontro entre as famílias engenheiras das cidades de Bombinhas, Imbituba, Angelina, Palhoça, Florianópolis e Garopaba, que tanto contribuíram dividindo conosco suas lembranças e saberes de Engenhos de Farinha. O encontro acontecerá no final de março.

Assim como o trabalho no engenho, a produção do livro também foi feita a várias mãos…Fica aqui o nosso muito obrigado à equipe do Cepagro que esteve junto durante o processo e um obrigado especial às famílias engenheiras de farinha do Ribeirão da Ilha, em Florianópolis e da comunidade Coqueiros, de Angelina, que abriram a porta dos seus engenhos e nos confiaram suas receitas de família. 💛



Foto Fernando Alexandre

És da origem do mar, vens do secreto,
Do misterioso mar, espumarento e frio,
Que põe redes de sonho ao navio,
E o deixa balouçar na vaga inquieto.


(Cruz e Sousa, Desterro 1861 -1898. Fragmento do poema "Flôr do Mar.")

sábado, 26 de janeiro de 2019

MAREGRAFIAS

Imagem Fernando Alexandre

MANEMÓRIAS

Acervo Casa da Memória
SANTO ANTÔNIO DE LISBOA, CACUPÉ E SAMBAQUI



José Luiz Sardá



“Parte do texto foi extraído do livro Virgílio dos Reis Várzea, Santa Catarina: a ilha e Iaponan Soares, Santo Antônio de Lisboa – Vida e Memória”.

"A freguesia de Santo Antônio é uma das localidades mais aprazíveis da costa ocidental da Ilha. Começou a florescer quase ao lado do Desterro, sendo um dos primeiros locais a ser explorados na antiga Ilha de Santa Catarina. Ocupada a princípio pelos colonos que vieram para cá com o padre Mateus de Leão, com terras de sesmarias de uma légua em redor, o sítio entrou a cobrir-se de pequenas palhoças e ranchos, erguidos em meio às primeiras lavouras, desde a Praia Comprida à Ponta de Sambaqui até 1714, quando chegou o sargento-mor Manuel Manso de Avelar, que se estabeleceu com a família, precisamente em Sambaqui, quando montou um entreposto na praia Aguada.

Suas terras passaram depois à possessão de sua filha, Dona Clara Manso, que mais tarde casou com Francisco Antônio Branco. Esta senhora, falecida em 22 de outubro de 1790 com quase 100 anos, e cuja bondade e virtudes ficaram tradicionais ali, que mandou construir a igrejinha de Nossa Senhora das Necessidades, consagrada a Santo Antônio de Lisboa.


Com a chegada dos casais açorianos a partir de 1748, a Ilha de Santa Catarina teve aumento da população. Santo Antônio de Lisboa foi uma das localidades que recebeu menos gente, pois suas terras cultiváveis já estavam quase todas ocupadas. Em 1750, o lugar se transformou em Freguesia, por Provisão de 27 de abril daquele ano. Situada em solo plano e à beira-mar, entre Cacupé Pequeno e a Ponta da Ilhota, dir-se-á uma cidadezinha, pela sua pitoresca praça ornada de prédios, todos construídos como os de certos arrabaldes antigos da capital, e pela sua disposição em três ou quatro ruas cheias de casas, unidas ou separadas apenas por pequenas hortas e jardins, que não existem em outros sítios.

As primeiras concessões de sesmarias feitas em Santo Antônio de Lisboa, Cacupé e Sambaqui tiveram início em 1753 com Luiz Martins e Martinho de Amorim e Antônio Dias da Rocha na ponta de Cacupé. Em 1759, Manoel Gonçalves dos Santos na praia Comprida. Em 1788, Miguel Antônio da Silva, em 1806, Manoel Antônio de Souza, todas na freguesia de Nossa Senhora das Necessidades.

O antigo porto de Santo Antônio de Lisboa foi movimentado por um comércio marítimo maior que o de todas as outras freguesias. Embarcações pequenas, em grande número, remavam ou velejavam diariamente entre as suas praias e o Desterro, e com freqüência ali fundeavam navios mercantes ou de guerra, nacionais ou estrangeiros, cujo calado não lhes permitiam passarem além dos ancoradouros de Santa Cruz e Sambaqui.

A pouca distância de Santo Antônio de Lisboa, para o sul, haviam os antigos povoados conhecidos pelos nomes de Cacupé Pequeno e Cacupé Grande. Ambos tinham insignificantes números de casas e habitantes que vivem da lavoura e da pesca para subsistência. Nestes arraiais em outros tempos habitaram poderosos fazendeiros e armadores, como José Correia, Costa Melo, entre outros.

O nome arraial de Sambaqui proveio de um grande casqueiro que ali existiu em outro tempo, que foi totalmente consumido em caieiras. Tinha um fundeadouro é dos mais notáveis de Santa Catarina e do Brasil, por sua posição completamente protegida das vagas e ventos da barra, pelo longo Pontal ao norte, e a oeste pelas ilhas Ratones Pequeno e Ratones Grande, que serviam de abrigados as embarcações. Possuía um pequeno núcleo de casas, a maior parte pousada nas quatro praiazinhas alvas que enfaixam o litoral, sendo a principal a praia chamada da Aguada, que tinha um atracadouro que serviam aos escaleres dos navios e lanchas.

A água de Sambaqui vinha das nascentes de um elevado cerca de 500 metros da praia, por um encanamento mandado construir pelo almirante Justino de Proença, em uma de suas zelosas administrações como capitão do porto de Santa Catarina. Essa água era perfeitamente potável e a melhor da Ilha depois da do Ribeirão, segundo dizia em carta, o Visconde de Taunay.

O acontecimento mais importante de Santa Catarina na primeira metade do século XIX foi à visita do Imperador D. Pedro II, com a esposa imperatriz Tereza Cristina e comitiva feita a Desterro em 12 de outubro de 1845. As ruas da cidade e os caminhos das vilas e freguesias foram limpos para a primeira visita do Imperador a Santa Catarina. Visitaram a Lagoa da Conceição, Ribeirão da Ilha, São José, Santo Amaro da Imperatriz e Santo Antônio de Lisboa no dia 21 de outubro a bordo do vapor Imperatriz pela manhã. O Imperador costumava oferecer donativos para a igreja local e prestar homenagem às autoridades da Freguesia.

Naquela ocasião, pessoas influentes e de famílias tradicionais do lugar receberam comendas, dentre eles: Marcos Antônio da Silva Mafra, José Maria da Luz, João Pinto da Luz, o subdelegado Antônio Manoel de Souto e o padre Francisco José de Souza."

quinta-feira, 24 de janeiro de 2019

LÁ MO FUNDO...

A falta de oxigênio um quilômetro abaixo da superfície preservou o navio

O mais antigo naufrágio intacto do mundo, um navio grego com cerca de 2.400 anos descoberto no Mar Negro!

Arqueólogos descobriram o que acreditam ser o mais antigo naufrágio intacto do mundo, no fundo do Mar Negro, onde parece ter permanecido inalterado por mais de 2.400 anos. O navio de 23 metros, considerado grego antigo, foi descoberto com seu mastro, lemes e bancos de remo presentes, a pouco mais de um quilômetro abaixo da superfície. A matéria é do www.theguardian.com.

A falta de oxigênio nessa profundidade o preservou, disseram pesquisadores. O professor Jon Adams, investigador principal do Projeto de Arqueologia Marítima do Mar Negro (MAP) declarou:


Um navio sobrevivente intacto do mundo clássico, deitado em mais de dois quilômetros de água, é algo que eu nunca teria acreditado ser possível. Isso vai mudar nossa compreensão da construção naval e marítima no mundo antigo

Este não é o único naufrágio em ótimo estado achado no Mar Negro. Recentemente outro deles, do século 13, também foi encontrado.

O local do mais antigo naufrágio do mundo
Navio comercial grego, o mais antigo naufrágio intacto do mundo

Acredita-se que o navio tenha sido um navio comercial de um tipo que, segundo os pesquisadores, só foi visto anteriormente “em antiga cerâmica grega, como o ” Siren Vase “, no Museu Britânico”. Esse trabalho, que data aproximadamente do mesmo período, retrata uma embarcação similar que leva Ulisses além das sereias, com o herói homérico amarrado ao mastro para resistir às suas canções.

Notem o olho na proa da embarcação.

O ‘olho’ pintado na proa é tradição antiquíssima, vem dos fenícios.

Datação de carbono

A equipe disse que pretendia deixar a embarcação onde foi encontrada. Mas um pequeno pedaço havia sido datado em carbono pela Universidade de Southampton. Ela alegou que os resultados “confirmaram como o mais antigo naufrágio intacto conhecido pela humanidade“. A equipe disse que os dados serão publicados na conferência do Black Sea MAP no Wellcome Collection, em Londres.
Três anos explorando o fundo do Mar Negro

Este navio grego foi apenas mais um, entre os mais de 60 naufrágios encontrados pela equipe internacional de arqueólogos marítimos, cientistas e agrimensores marinhos. Eles participaram da missão de três anos para explorar as profundezas do Mar Negro para conseguir uma maior compreensão do impacto da pré-história marítima. Eles disseram que as descobertas variaram em idade de “uma frota de cossacos do século 17, a de navios mercantes romanos, completos com ânforas, além de um navio completo do período clássico”.

Fonte: https://www.theguardian.com/science/2018/oct/23/oldest-intact-shipwreck-thought-to-be-ancient-greek-discovered-at-bottom-of-black-sea?CMP=share_btn_link.

(Via https://marsemfim.com.br/)

MAR DE CIMA

Foto Murilo Lula Mariano

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

BOTANDO MAIS FOGO NESSE INFERNO!

Ondas atingem barreira em porto de Aki, província de Kochi, enquanto tufão Jebi se aproxima do Japão na terça feira, 4 de setembro de 2018. — Foto: Ichiro Banno/Kyodo News via AP

Aquecimento dos oceanos bateu recorde em 2018, dizem cientistas

Em estudo publicado nesta quarta (16), pesquisadores chineses e americanos afirmam que as águas do planeta atingiram as temperaturas mais altas nos últimos 60 anos.

Por Lara Pinheiro, G1

Pesquisadores chineses e americanos constataram que a temperatura dos oceanos em 2018 foi a mais quente já registrada nos últimos 60 anos. O estudo, com base nos dados mais recentes do Instituto de Física Atmosférica, na China, foi publicado nesta quarta (16) na revista científica "Advances in Atmospheric Sciences".

A conclusão está de acordo com a tendência de aquecimento dos oceanos registrada nos últimos cinco anos — que já eram os cinco mais quentes desde a década de 1950, dizem os cientistas. O aumento na temperatura oceânica acontece desde então e se acelerou a partir da década de 1990.

“A tendência de longo prazo de aquecimento do oceano é uma grande preocupação tanto para a comunidade científica quanto para o público em geral. As temperaturas mais altas causam a expansão térmica da água e um aumento do nível do mar — o que expõe a água doce costeira à intrusão de água salgada e torna comunidades mais suscetíveis ao aparecimento de tempestades”, dizem os pesquisadores no estudo.

Além do Instituto de Física Atmosférica, ligado à Academia de Ciências da China, a pesquisa envolveu especialistas do Ministério de Recursos Naturais e da Universidade Hohai, também no país asiático, e do Centro Nacional de Pesquisa Atmosférica e da Universidade St. Thomas, nos Estados Unidos.
O aquecimento visto nos oceanos em 2018 resultou em um aumento médio de 1,4 mm no nível do mar ao redor do globo em comparação à média de nível registrada em 2017. Os padrões associados ao nível do mar atual devem continuar no futuro, segundo a pesquisa.

O aumento de calor no oceano também eleva as temperaturas e a umidade do ar — o que, por sua vez, intensifica as tempestades e as chuvas fortes. Em 2018, foram registradas várias tempestades tropicais no mundo, como os furacões Florence e Michael e os tufões Jebi, Maria, Mangkhut e Trami.

Entre outras consequências listadas pelos cientistas como decorrentes do aquecimento dos oceanos, estão a diminuição no nível de oxigênio presente neles, o branqueamento e a morte de corais e o derretimento de geleiras. Há também efeitos indiretos, como a intensidade de secas, ondas de calor, e risco de incêndios.

“O aquecimento global é consequência do aprisionamento de gases de efeito estufa — que mantêm a radiação do calor dentro do sistema terrestre. Devido à longevidade do dióxido de carbono e outros gases desse tipo, mitigar as mudanças e os riscos de consequências socioeconômicas causadas pelo aquecimento global e dos oceanos depende de adotar medidas para reduzir imediatamente as emissões de gases estufa”, concluem os pesquisadores.

(Do https://g1.globo.com/)

NA PRAIA

Elizabeth Taylor

JACK O MARUJO


- Sente saudade de algum lugar, capitão?
- Certa vez naufraguei na costa da Grécia,.disse Jack o Marujo..Trabalhei num porto de pescadores. Fui sóbrio e solidário. Quando vim embora, entoaram canções do mar.

)

DANDO NOME...

Foto Fernando Alexandre
ANÔNIMA

SE TU DISX!

Temos dicionário próprio com 2,5 mil palavras
Foto / Agencia RBS
Os Manés: 5 dicas pra ti aprendê o manezês
Nativos Jorge Jr. e Rodrigo Stüpp escrevem todas as terças e sextas-feiras na contracapa do jornal e no site da Hora de Santa Catarina
do Rodrigo Stüpp e Jorge Jr.

Recebemos informaçõnsh de gente adulando a coluna, dízi que adóro, talicôza, mash não entende metade. Só pode sê pirú de fora, né? Tão, então... Déro a ideia de a gente fazê um glossário com as palavras usadas no dia. Tá bom, môsagrado. Nósh vamo fazê unsh texte. Mash tu fashfavô, não dá uma de mandrião. Bota essa cabeça de porongo pra funcioná e tenta entendê antes de lê as letra miudinha no ladinho da coluna.

OLHA AQUI, Ó!

Tu que tásh lendo, môquirido, fash favô: bota o bagão do olho: sh = a mistura de s e x, assobiado, que nem o Miguel Livramento, tásh compreendendo? Então, ônsh e o lugar onde a gente pega, o pondiôsh. Mas em português é Másh em manezês. Baba né, ó?
Ôtra dica: tens que falá bem dijerinho aliásh, o mané usa muito o diminutivo: miudinho, peixinho, degavarinho...

DICIONÁRIO

As duas últimas dicas: na internet tem umas dica de pronúncia pra tu arrombá no manezês.Ixpia lá na Wikipedia. Se tu quisésh, tem também o Dicionário da Ilha do Fernando Alexandre, que já teve algumas ediçõnsh e tem uma carrada de palavras, quase 2,5 mil. Tem em livraria, mas se tu der uma fuçada em uns sebos de Flonópsh acha a partir de cinco, sete reásh. Miudinho, cabe no bolso dereitinho pra tu levá em todo lugar. Quem quisésh um novo, tá uns 15 conto.



Os Manés: Foto: Betina Humares

GOELUDO

Umas trêsh coluna atrás, falamos aqui do Argel, treinador do Figueira, que tava todo siachão reclamando da grama da Ressacada. No domingo, o goeludo veio falar que não perde pra dirigente? Môsagrado, tu não pode perdê é dentro de campo com teush soldado. Dissetôlo, gaúncho, e te concentra no time que tá na boca pra final otra vêsh!

TÁSH LEMBRADO?

Rapázi, lembra da porrada de côza dos anos 1980/90 que lembramo aqui trezontônti? Aqui vão mais alguns que os quiridus mandaram pro whatapp (48) 9169-9096 e por e-mail. O Maurício, do Morro das Pedras, lembrou de quando era raro o cara í pro Centro, aí era sagrado comer um pastel do Japonês com Laranjinha na Felipe Schmidt. A raça também lembrou da Modelar, altos lugar pra comprá uma calça dínsh.


GLOSSÁRIO
sh no final = som de x, como os números: dôsh, trêsh
mandrião = preguiçoso
talicôza = tal e coisa
degavarinho = devagarinho
Baba = fácil
Carrada = muitas, várias
Arrombá = se sair bem, dar um show
Altos = ótimo
Dínsh = jeans
Dissetôlo = deixe de ser tolo
Gaúncho = gaúcho
Siachão = confiado, se achando o cara


QUE COLUNA EXCANGALHADA É ESSA?

A coluna Os Manés é publicada às terças e sextas-feiras na Hora. É produzida pelos manés legítimos Jorge Jr. e Rodrigo Stüpp, editores de Esporte da Hora. Os termos que não entendesh, bocamóli, são da linguagem popular dos manezinhos da Ilha, o manezês.

(Do HORA DE SANTA CATARINA - www.clicrbs.com.br)

domingo, 20 de janeiro de 2019

MAREGRAFIAS

Foto Fernando Alexandre

OUTROS MARES...

Foto ‎من ذاكرة فلسطين
 ‎Pescadores no mar de Jaffa, na Palestina, em 1904

VACANDO NA MÔRRA...

Foto Brian Bielmann
O fotógrafo Brian Bielmann viaja o mundo registrando os melhores surfistas em ação. Suas imagens mostram não só manobras bem executadas, mas também momentos em que os surfistas despencam de algumas das maiores ondas do mundo. Ou seja: "vacam na morra!"
(Da BBC Brasil)

MAR DE VAN GOGH

Vincent van Gogh (1853-1890), Seascape near Les Saintes-Maries-de-la-Mer, 1888. Van Gogh Museum, Amsterdam (Vincent van Gogh Foundation).

sábado, 19 de janeiro de 2019

MAR RECICLADO

Fotos: Leo Munhoz

Artesã de Florianópolis é reconhecida internacionalmente com projeto de reciclagem de rede de pesca 

Recentemente, na Bienal de Design em Madrid, o projeto Águas Limpas, desenvolvido pela artesã, recebeu uma menção honrosa 


Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) aproximadamente 10% do lixo marítimo é proveniente da pesca — algo equivalente a 640 mil toneladas de resíduos. Atenta às questões ambientais, a artesã e designer Nara Guichon, moradora de Florianópolis, há mais de 20 anos trabalha com a reutilização das redes de pesca industriais na confecção de utilitários, acessórios e tapeçaria.

— Como sou ambientalista e naturalista, desde a adolescência sempre tive essa ânsia de criar produtos que são “amigos” do meio ambiente, uma forma de dar o descarte correto para o que seria depositado na natureza — conta Nara, que é natural do Rio Grande do Sul.

A artesã calcula que, por ano, reutiliza cerca de uma tonelada de redes de poliamida, material que ela compra de pescadores locais, mas a maior parte adquire em Itajaí com as grandes empresas de pesca. Ainda não existe um estudo conclusivo para apontar o tempo de decomposição deste material no mar, mas supõe-se que cerca de 6 mil anos.

— O que eu consigo reciclar, em números, é quase nada, mas esse trabalho já despertou a atenção de outras pessoas e muitas já estão reaproveitando rede de pesca (…) O importante é dar o recado.

Recentemente, na Bienal de Design em Madrid, o projeto Águas Limpas, desenvolvido pela artesã, recebeu uma menção honrosa. Desde 2014, Nara produz esponjas de limpeza com as redes de pesca. O projeto surgiu quando ela identificou que ainda tinha rejeito do material que utilizava na confecção de tapetes, bolsas, mantas e acessórios. Foi então que criou um modelo de esponja que é produzido com os pedaços menores das redes.

— Ainda assim existe um descarte, infelizmente, porque as redes vêm às vezes muito furada, com pontos mais desgastados. Tenho esse resíduo que ainda não inventamos o que fazer — aponta a designer.

As esponjas que servem para limpeza pesada e também de louça e alimentos têm durabilidade muito maior que as esponjas convencionais, que duram em média 15 dias e depois acabam parando em aterros sanitários. A confecção das esponjas também é fonte de renda para mulheres da comunidade do Frei Damião, em Palhoça, uma das mais carentes da região da Grande Florianópolis.


Foto Cristiano Estrela

— Eu desenvolvi o produto, mas hoje a produção mensal é feita pelo grupo Mulheres do Frei. Penso em toda uma cadeia de produção, que valoriza os produtos e a mão de obra local — finaliza.

As esponjas são comercializadas por uma empresa de São Paulo que fabrica uma linha de produtos de limpeza consciente, naturais e biodegradáveis e que se baseia nos princípios da economia circular, bem como o apoio à agricultura familiar.

Confira a entrevista com Nara Guichon


Serviço
Ateliê Nara Guichon
Rodovia Rozália Paulina Ferreira, 4343, Costa de Dentro
Pântano do Sul – Florianópolis – Santa Catarina – Brasil 

(PorJanaina LaurindoRepórter Jornalista e especialista em mídias digitais. Tem atuação multimídia nos veículos da NSC Comunicação há 7 anos.)


MAR DE MERDA

Foto: Cristiano Estrela / Diário Catarinense)

Aumenta número de pontos impróprios para banho nas praias de SC

Dos 229 pontos analisados semanalmente pelo IMA, 77 estão poluídos

Aumentou o número de pontos impróprios para o banho nas praias catarinenses. É o que aponta o relatório semanal do Instituto do Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA). Dos 229 locais avaliados no litoral do Estado, 77 estão contaminados. Isso significa que praticamente um a cada três pontos está poluído, ou 33,6% do total analisado. Na semana passada, eram 60 pontos.

Essa contaminação por esgoto doméstico é verificada pela contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais e que podem colocar em risco a saúde dos banhistas, explica o IMA. 


Só na Capital, dos 85 locais avaliados, 23 estão impróprios para o banho, o que representa 27% dos pontos poluídos. Uma das situações mais críticas aparece em Balneário Camboriú: dos 15 pontos avaliados, 12 estão impróprios (80%). Em Porto Belo cinco dos seis pontos da análise estão impróprios, já em Bombinhas, são nove locais avaliados e cinco impróprios. 

Araranguá, Jaguaruna, Passo de Torres e Imbituba são os únicos municípios englobados pelo relatório onde todos os locais estão próprios. As coletas foram realizadas de 14 a 16 de janeiro nos municípios de Araranguá, Bal. Arroio do Silva, Bal. Gaivota, Bal. Camboriú, Bal. Rincão, Barra Velha, Biguaçú, Bombinhas, Florianópolis, Garopaba, Gov. Celso Ramos, Imbituba, Itajaí, Itapema, Itapoá, Jaguaruna, Joinville, Laguna, Navegantes, Palhoça, Passo de Torres, Penha, Piçarras, Porto Belo e São José.

No início das análises semanais feitas pelo IMA nesta temporada, em 7 de dezembro de 2018, eram 49 pontos impróprios.

Como é feita a análise de balneabilidade
A análise considera a presença de bactérias que podem ser nocivas à saúde dos banhistas e leva em consideração o conjunto das últimas cinco análises. Para que um ponto seja considerado impróprio, duas dessas cinco análises precisam ter resultados negativos — com mais de 800 coliformes por 100 mililitros de água. Outra possibilidade de o ponto não estar banhável é se em apenas uma coleta forem localizados mais de 2 mil coliformes por 100 mililitros de água. 
Coleta é feita desde 1976

O boletim de balneabilidade é divulgado pelo governo desde 1976. O objetivo é mostrar quais áreas estão contaminadas ou não por esgoto doméstico. Para que a análise determine um resultado, os técnicos do IMA verificam a contagem da bactéria Escherichia coli (E.c.) presente nas fezes de animais de sangue quente. As coletas são realizadas nos pontos que recebem maior incidência de banhistas durante a temporada e também nos locais mais suscetíveis à poluição. 

(Do https://www.nsctotal.com.br/)

MAR DO TASSO CLAUDIO SCHERER

Foto Tasso Claudio Scherer

DESOVA RARA

Ovos de tartaruga (Foto: Tamar)

Tamar monitora dois ninhos raros de tartaruga marinha em Bombinhas

Por Dagmara Spautz

Técnicos do projeto Tamar monitoram dois ninhos de tartaruga-cabeçuda nas praias do Mariscal e do Canto Grande, em Bombinhas. A escolha das praias catarinenses para a postura de ovos, pelas tartarugas marinhas, é raríssima. É o terceiro registro feito pelo Tamar nos últimos três anos, e em apenas um deles os filhotes sobreviveram. Por isso, os ninhos recebem total atenção.

A primeira desova ocorreu no dia 5 de dezembro. Pouco mais de um mês depois, no dia 13 de janeiro, um segundo ninho apareceu. Moradores e turistas filmaram a postura. Daniel Rogério, do Tamar Florianópolis, diz que, como não foi possível marcar a tartaruga, não se sabe se os dois ninhos pertencem à mesma mãe, ou a tartarugas diferentes _ as fêmeas fazem até sete desovas num mesmo período. 

As tartarugas marinhas não chocam os filhotes. Os ovinhos ficam sob a areia, e são chocados pelo calor do sol. Por isso, os animais costumam fazer a desova nos estados mais ao Norte, acima do Rio de Janeiro, onde a temperatura da areia costuma ser mais elevada. Caiame Nascimento, técnico do Tamar em Itajaí, diz que são necessários pelo menos 23º de temperatura na areia para garantir o desenvolvimento dos filhotes.

Até então, a suspeita era de que as eventuais desovas em SC ocorressem por “acidente”, antes da tartaruga alcançar águas mais quentes. Mas o Estado tem passado por uma onda de calor acima da média neste verão, e a temperatura da água está até 3º mais quente nas praias, o que pode ter incentivado as posturas. 
tartaruga bota em Bombinhas(Foto: Divulgação Tamar)

_ Ainda não temos como afirmar com certeza. Poderemos entender melhor nos próximos anos, porque geralmente a tartaruga desova em uma temporada, descansa na próxima e volta na temporada seguinte _ explica Caiame. 

Segundo ele, a escolha do local é um bom indício ambiental. Pode mostrar que as populações estão se recuperando, e que a praia está em boas condições. A desova inusitada, no entanto, inspira cuidados _ especialmente com os curiosos.
A Fundação Ambiental de Bombinhas (Famab) cercou os ninhos, para evitar que as pessoas se aproximem. O Tamar colocou indicações de que o local é de desova, e está monitorando o espaço. A recomendação é que se evite caminhar muito próximo do ninho.

_ Já temos o problema da temperatura da areia não ser favorável. Se alguém abrir o ninho, pode causar desequilíbrio _ alerta Caiame.

Ninhos estão protegidos(Foto: Tere Wenzel, Arquivo Pessoal)

Das três desovas registradas no Estado, duas são de tartaruga-cabeçuda e uma de tartaruga-verde, que botou os ovinhos na Praia do Estaleiro, em Balneário Camboriú, há cerca de dois anos. A postura ocorreu em período já próximo do inverno, por isso as tartaruguinhas não vingaram.

O outro caso ocorreu na Praia do Moçambique, em Florianópolis. Nasceram 40 tartarugas, de cerca de 100 ovos. 

Em Bombinhas, devido à grande atividade pesqueira na região, os técnicos do Tamar terão um cuidado extra após o nascimento dos filhotes. A ideia é não deixar que elas corram para o mar naturalmente, mas induzir a entrada em um local protegido, onde a chance de esbarrarem nas redes é menor.

(Do https://www.nsctotal.com.br/)