sexta-feira, 30 de outubro de 2015

SAINDO DA ILHA


Aumento do nível do mar ameaçada moradores que pedem abrigo nos EUA.

Devido ao aumento do nível do mar, moradores do Atol de Bikini, na Oceania, pediram abrigo nos Estados Unidos.


Cerca de mil nativos já foram retirados pelos EUA do Atol de Bikini nos anos 1940, para a realização de testes de bombas atômicas no local. Na ocasião, eles foram levados para Kili, outra ilha do arquipélago de Marshall. Agora, depois de décadas, Kili tem sofrido com o aumento no número de tempestades e com a intensidade das marés.

Na época da mudança de ilha, foi fechado um acordo com os Estados Unidos, estabelecendo um fundo para ajudar os moradores do atol a se mudarem para Kili. Esse fundo pagaria pela construção das novas casas.

Porém, agora, os ilhéus pedem ao governo americano que altere as regras do fundo de forma que eles possam usá-lo para se realocar nos Estados Unidos.

Os moradores afirmam que suas casas estão sendo invadidas pelas águas das marés mais altas. O sal também está penetrando no solo da ilha, o que ameaça a agricultura local e o suprimento de água.

No começo do ano, a pista de pouso local foi totalmente inundada, deixando a ilha isolada.

“Os nativos de Bikini vieram novamente até nós e pediram para levar esta proposta aos Estados Unidos, para pedir que o fundo de reassentamento seja usado para mandar as pessoas para os Estados Unidos e não apenas para (outros lugares) das Ilhas Marshall”, afirmou Tony de Brum, ministro de Relações Exteriores das Ilhas Marshall.

O Departamento para o Interior dos Estados Unidos tem apoiado os moradores da ilha Kili e propôs uma legislação no Congresso americano que muda os termos do fundo de reassentamento.

Esperança

Um acordo entre as Ilhas Marshall e os Estados Unidos prevê que os antigos moradores do atol de Bikini tenham direito de viver, trabalhar e estudar nos Estados Unidos, sem restrições quanto à duração de sua estadia.

O governo das Ilhas Marshall afirmou que essa situação dos ilhéus de Bikini mostra que existe a necessidade de um novo acordo global para enfrentar as mudanças climáticas.

A esperança agora recai sobre a conferência internacional COP 21, que começa no final de novembro, em Paris, com o objetivo de alcançar o maior acordo climático do mundo em substituição ao Protocolo de Kyoto.

( Do marsemfim.com.br/)

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