quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

ENVENENAMENTO DAS ÁGUAS


Foto Daniel Conzi/Agência RBS
PF abre investigação para apurar autoria de vazamento de óleo no Sul da Ilha
Os 12 mil litros de óleo que vazaram no Bairro Tapera possuem substâncias cancerígenas
O óleo vazou de transformadores em uma subestação desativada da Celesc no bairro da Tapera, em Florianópolis, no último dia 19

por Gabriela Rovai
gabriela.rovai@diario.com.br

A Polícia Federal abriu inquérito para investigar a autoria do vazamento de 12 mil litros de óleo que possui substâncias cancerígenas em parte do Ribeirão da Ilha e Tapera, no Sul da Ilha de SC.

A PF fará diligências em busca dos responsáveis pela contaminação na fauna e flora marinhos. Por causa do vazamento, foi proibida temporariamente a pesca de moluscos e peixes na região.

O óleo vazou de transformadores em uma subestação desativada da Celesc no bairro da Tapera, em Florianópolis, no último dia 19.

A subestação fica dentro de um antigo centro de treinamento da Celesc e a área, aos poucos, está sendo cedida à Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

De acordo com laudo da Fundação do Meio Ambiente (Fatma), as águas de parte do Ribeirão da Ilha e Tapera, em Florianópolis, podem estar contaminadas com ascarel, produto químico cancerígeno, causado pelo vazamento do óleo de transformadores do antigo Centro de Treinamento da Celesc.

O resultado do laudo solicitado pela Fatma, que aponta a presença do produto no canal de drenagem em direção ao mar, foi divulgado nesta segunda-feira pela Prefeitura de Florianópolis.

A Fatma proibiu a extração de qualquer molusco e peixes em uma área de 730 hectares na região, considerada a principal produtora de ostras de Santa Catarina, líder no cultivo entre os estados do país. A medida é provisória.

Além dos riscos para a saúde das pessoas, caso as ostras, berbigões e peixes estejam contaminados, também existe o potencial degradação ambiental se o ascarel atingiu o solo do mangue na Tapera.

De acordo com o presidente da Associação Catarinense de Aquicultura, Antônio Mello, os produtores ficaram chocados com a notícia e estão preocupados com os prejuízos, que ainda não foram estimados.

(Do DIÁRIO CATARINENSE - www.clicrbs.com.br)

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